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Como parte de uma manifestação simultânea em 18 cidades brasileiras, aproximadamente 180 estudantes de Curitiba, segundo estimativa da Polícia Militar, fizeram um ato em frente do Colégio Estadual do Paraná (CEP), ontem, para marcar o Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. A Avenida João Gualberto, no Alto da Glória, ficou interditada das 7h50 às 8h30, o que provocou um comboio de ônibus biarticulados, provocando atrasos na linha Santa Cândida–Capão Raso e lotação nas estações-tubos próximas.

Segundo a presidente da União Paranaense de Estudantes Secundaristas (UPES), Sara Cavalcanti, 23 anos, a mobilização marcou o lançamento da campanha pela passagem gratuita aos estudantes. "Foi um ato político de preparação para uma grande passeata que será realizada no fim de abril, quando pretendemos reunir 10 mil estudantes", afirma.

Em março do ano passado, na mesma data, uma passeata com 1,5 mil estudantes foi realizada em Curitiba com igual propósito. Uma comissão formada pelos estudantes e a Urbs foi criada para discutir o assunto. "A prefeitura demonstrou boa vontade no início, mas o processo parou. A manifestação é justamente para fazer com que o assunto seja retomado", afirma Sara.

"Somos contra o passe livre, pois ele onera o sistema de transporte e quem paga a conta é o trabalhador. Levamos nossa posição aos estudantes de que essa discussão tem de ser levada a outros níveis de governo", rebate o presidente da Urbs, Paulo Schmidt, referindo-se ao fato de que o ensino fundamental é responsabilidade também do governo estadual, assim como o ensino médio; e do governo federal, no caso do ensino superior.

"O acesso ao ensino tem de ser atribuição do responsável pelo sistema educacional", diz Schmidt. Em Curitiba, cerca de 25,7 mil estudantes são beneficiados com a meia-passagem.

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