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Revolta da tarifa

Protestos diminuem, só por enquanto

MPL marca manifestação para amanhã. Em Minas Gerais, forças de segurança pública temem infiltração de “extremistas”

Resultado de protesto em Belo Horizonte: cidade é “barril de pólvora”, segundo a polícia | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Resultado de protesto em Belo Horizonte: cidade é “barril de pólvora”, segundo a polícia (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Nova onda de protestos marcou o país neste fim de semana, mas com menos participação de público. Não há indícios, contudo, de que as passeatas cessem. Na terceira semana de manifestações, 12 capitais e o Distrito Federal ainda não reduziram as tarifas do transporte público urbano, apesar de protestos e benefícios federais.

O MPL – Movimento Passe Livre, marcou pelo Facebook nova concentração, terça-feira, às 7 da manhã, em São Paulo. O ponto de partida será a estação de metrô Capão Redondo e o Largo do Campo Limpo. O mote dessa vez será a tarifa zero para o transporte público, além da desmilitarização.

No sábado, a manifestação contra a PEC 37 reuniu cerca de 35 mil pessoas na Avenida Paulista. Cartazes e faixas contra a corrupção e a ausência de grupos organizados marcaram o ato. Não havia sinais de partidos nem outros grupos que lideraram a série de protestos em São Paulo nas últimas duas semanas. O Movimento Passe Livre desapareceu.

O risco de confrontos ainda é grande, em particular na cidade de Belo Horizonte. Ontem, confrontos no entorno do Mineirão resultaram em 37 pessoas feridas, sendo dez policiais. Outras 32 pessoas foram presas. Ao menos seis concessionárias e três agências bancárias foram destruídas. Segundo a PM, 66 mil pessoas foram às ruas.

É dado como certo um confronto violento durante manifestação prevista para ocorrer na próxima quarta-feira, quando a capital mineira sediará jogo da Seleção Brasileira. A Polícia Civil identificou "organizações criminosas extremistas" infiltradas nas manifestações realizadas na cidade.

No Rio de Janeiro, a passeata começou na tarde de ontem, na orla de Copacabana, em protesto contra a PEC 37. Manifestantes gritaram frases "Da Copa eu abro mão, quero saúde e educação". Houve aplausos vindos dos apartamentos e luzes das casas piscando, em apoio. Cerca de 3 mil pessoas participaram.

Em Fortaleza, por volta das 15 horas, cerca de 200 manifestantes bloquearam a avenida que dá acesso à Arena Castelão, onde jogavam Espa­nha e Nigéria pela Copa das Confederações. Bloqueio policial fez com que o grupo se dispersasse.

Estudo do Ibope, divulgado ontem no programa Fantástico, mostrou que 46% dos manifestantes nunca tinham participado de protestos. Um total de 78% se organizou para as passeatas pelas redes sociais; 52% são estudantes e 43% têm ensino superior completo e menos de 24 anos; 96% não se sentem representados por nenhum partido político.

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