Reação
Presidente reúne hoje prefeitos e governadores para discutir protestos
Agência Folha
Para responder às manifestações de rua e forçar articulações políticas , a presidente Dilma Rousseff convocou os prefeitos das capitais para reunião hoje no Palácio do Planalto. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, confirmou presença, assim como o governador Beto Richa. Na ocasião, a presidente também vai se reunir com governadores. Richa antecipa que vai pedir investimentos de 10% das receitas federais em saúde. A pauta do encontro será definida pelos prefeitos José Fortunati (PDT), de Porto Alegre, e Fernando Haddad (PT), de São Paulo. Os dois líderes pretendem redigir um balanço do saldo dos protestos. Duas reivindicações devem entrar em debate: a contratação de médicos estrangeiros e a desoneração do transporte público.
Nova onda de protestos marcou o país neste fim de semana, mas com menos participação de público. Não há indícios, contudo, de que as passeatas cessem. Na terceira semana de manifestações, 12 capitais e o Distrito Federal ainda não reduziram as tarifas do transporte público urbano, apesar de protestos e benefícios federais.
O MPL Movimento Passe Livre, marcou pelo Facebook nova concentração, terça-feira, às 7 da manhã, em São Paulo. O ponto de partida será a estação de metrô Capão Redondo e o Largo do Campo Limpo. O mote dessa vez será a tarifa zero para o transporte público, além da desmilitarização.
No sábado, a manifestação contra a PEC 37 reuniu cerca de 35 mil pessoas na Avenida Paulista. Cartazes e faixas contra a corrupção e a ausência de grupos organizados marcaram o ato. Não havia sinais de partidos nem outros grupos que lideraram a série de protestos em São Paulo nas últimas duas semanas. O Movimento Passe Livre desapareceu.
O risco de confrontos ainda é grande, em particular na cidade de Belo Horizonte. Ontem, confrontos no entorno do Mineirão resultaram em 37 pessoas feridas, sendo dez policiais. Outras 32 pessoas foram presas. Ao menos seis concessionárias e três agências bancárias foram destruídas. Segundo a PM, 66 mil pessoas foram às ruas.
É dado como certo um confronto violento durante manifestação prevista para ocorrer na próxima quarta-feira, quando a capital mineira sediará jogo da Seleção Brasileira. A Polícia Civil identificou "organizações criminosas extremistas" infiltradas nas manifestações realizadas na cidade.
No Rio de Janeiro, a passeata começou na tarde de ontem, na orla de Copacabana, em protesto contra a PEC 37. Manifestantes gritaram frases "Da Copa eu abro mão, quero saúde e educação". Houve aplausos vindos dos apartamentos e luzes das casas piscando, em apoio. Cerca de 3 mil pessoas participaram.
Em Fortaleza, por volta das 15 horas, cerca de 200 manifestantes bloquearam a avenida que dá acesso à Arena Castelão, onde jogavam Espanha e Nigéria pela Copa das Confederações. Bloqueio policial fez com que o grupo se dispersasse.
Estudo do Ibope, divulgado ontem no programa Fantástico, mostrou que 46% dos manifestantes nunca tinham participado de protestos. Um total de 78% se organizou para as passeatas pelas redes sociais; 52% são estudantes e 43% têm ensino superior completo e menos de 24 anos; 96% não se sentem representados por nenhum partido político.
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