Michel Temer, vice-presidente do Brasil, encurtou sua visita a Israel nesta quarta-feira (19), diante do avanço dos protestos em São Paulo e em outras cidades do país. Ele afirmou durante entrevista que o retorno será uma "homenagem" aos protestos.
A agenda de Temer, que incluía um encontro nesta tarde com Tzipi Livni, ministra da Justiça de Israel, foi condensada. Ele irá encontrar-se à tarde com Shimon Peres, presidente israelense, e com Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina. Em seguida, volta a Brasília.
"A nossa Constituição garante o direito à mais ampla manifestação. É preciso que os protestos sejam ouvidos."
A viagem de Temer a Israel começou na terça-feira (18), e era programada até a manhã de sexta-feira (21), com a visita a um campo de refugiados palestinos.
Além do encontro com Livni, ficou de fora a reunião com Rami Hamdallah, primeiro-ministro palestino, e a visita ao mausoléu de Yasser Arafat.
Temer fez recentemente viagens semelhantes a outros países da região, como Líbano e Qatar. "Estou dando sequência à aproximação brasileira com esses países", disse.
"Em Israel, temos uma posição pela paz e pela harmonia dos povos."
Temer diz que a antecipação de seu retorno, após acompanhar as notícias a distância, foi uma decisão tomada entre ele e seus assessores, e não por pedido do governo.