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Livrar-se da obrigação de desembolsar uma quantia substanciosa a cada mês e contar com um diploma de uma das instituições de ensino superior mais respeitadas do país ao final da graduação. Foram esses os principais motivos que moveram 1.278 estudantes de diversas instituições privadas a disputar uma chance de transferência para a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que realizou ontem à tarde, no Setor de Ciências Agrárias, as provas discursivas da 3.ª etapa do Processo de Ocupação de Vagas Remanescentes (Provar), fase destinada a alunos externos. Ao todo, foram ofertadas 924 vagas para cursos superiores e 65 para cursos profissionalizantes.

O estudante Márcio Luiz Elias, 21 anos, disputou uma das 39 vagas (geradas por abandono, desistência ou cancelamento) do curso de Ciência da Computação da Federal. Aluno da Uniandrade há três anos, Márcio acredita que, mesmo estando perto de concluir sua graduação, a transferência para a UFPR traria como vantagem o recebimento de um diploma da instituição pública que, na sua opinião, é mais valorizado no mercado de trabalho.

Outro motivo levado em conta pelos estudantes que se inscreveram é a concorrência mais baixa que a do vestibular da UFPR. O curso de Pedagogia noturno, por exemplo, cuja relação candidato/vaga foi de 5,24 no vestibular, teve a média diminuída para 2,83 no Provar. "Estou tentando uma vaga por causa da mensalidade", conta a estudante da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Paula Cristina Gonzales, 19 anos, uma das 17 inscritas para as seis vagas de Pedagogia.

Mas, assim como no concurso vestibular, a afobação e a distração acabaram atrapalhando alguns candidatos. Apesar de ter corrido, o estudante Bogdano Arendartchuk, 20 anos, foi o primeiro de quatro retardatários a encontrar os portões fechados. Pela segunda vez disputando uma das vagas oferecidas pelo Provar, o aluno de Ciência da Computação da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) confundiu o local da prova e não conseguiu chegar até as 13h30. "Queria transferir meu curso para a UFPR por causa da qualidade do ensino", lamenta.

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