Brasília – O PSDB decidiu ontem, por aclamação, apoiar a candidatura de Gustavo Fruet (PSDB-PR) para a presidência da Câmara.

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Em reunião fechada, que contou com a presença de 45 dos 66 parlamentares da bancada tucana, o líder Jutahy Magalhães (BA) anunciou o apoio a Fruet por unanimidade.

Os tucanos decidiram apoiar Fruet somente cinco minutos depois do início da reunião a portas fechadas em um dos auditórios da Câmara. Inicialmente, o PSDB havia decidido apoiar o petista Arlindo Chinaglia (SP) para a presidência da Câmara, alegando que seguiria o princípio da proporcionalidade para a eleição da Mesa – o PT terá a segunda maior bancada da Casa, atrás somente do PMDB.

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No entanto, o apoio a Chinaglia foi duramente criticado por várias lideranças do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador Geraldo Alckmin.

Somado às críticas, o Grupo dos 30 – também chamado de terceira via – decidiu apoiar a candidatura de Fruet para se contrapor a Chinaglia e ao atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP) – ambos da base governista.

Mesmo com a promessa de não se tornar um candidato da oposição na disputa pela presidência da Câmara, Fruet disse ontem em discurso para a bancada de deputados tucanos que seus adversários representam o governo, enquanto ele, o conjunto dos parlamentares.

"Eles são o governo, nós somos a Câmara. Eles só querem discutir o aumento (de salários dos deputados), nós queremos discutir orçamento, reforma tributária, reforma política, uma pauta positiva para o Brasil", afirmou Fruet.

O tucano disse que Aldo e Chinaglia representam "o período em que a Câmara viveu mais crises". Na opinião de Fruet, o PSDB vai caminhar unido em torno de sua candidatura.

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"Essa demonstração que o PSDB dá hoje (ontem) é de unidade, de recomposição, de um partido que assume a sua estrutura de oposição, mas que é importante para a realidade política brasileira", disse.

Apesar de 50 deputados da bancada terem definido, por unanimidade, apoiar o nome de Fruet na disputa, nos bastidores alguns ameaçam dissidência.

O tucano evitou comentar possíveis traições de companheiros de partido e disse estar confiante de que vai chegar ao segundo turno com Aldo ou Chinaglia.