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O Conselho Federal de Psicologia (CFP) decidiu ontem censurar pu­­blicamente a psicóloga Rozângela Alves Justino por oferecer terapia para reverter a homossexualidade. Evangélica, Rozângela já havia si­­do punida com uma censura pelo Conselho Regional de Psi­­cologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ), de onde é seu registro. Ainda assim, depois do resultado do julgamento de ontem, ela confirmou que pretende continuar seu trabalho.

A censura pública é o terceiro grau de punição possível a um profissional. Mais graves são a suspensão por 30 dias ou mais e a cassação do registro profissional. No entanto, a situação pode mudar se a psicóloga mantiver o trabalho que faz atualmente. Se for denunciada novamente e for aberto um processo, Rozângela pode até mesmo perder o registro. Ela teria violado uma resolução da entidade na qual se afirma que a homossexualidade "não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão". O CFP esclareceu que psicólogos não podem sugerir modificação da orientação da pessoa nem oferecer tratamento.

"Com certeza vou continuar. Vejo que as pessoas têm direito de procurar esse apoio. É a pessoa que define o quer dentro da psicoterapia. Não sinto vergonha e nunca sentirei de acolher pessoas que querem deixar voluntariamente o estado de homossexualidade", disse à Agência Brasil após o julgamento. "Estão me submetendo a uma mordaça", afirmou a psicóloga, que teme represálias de ativistas gays.

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