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PMDB dá ultimato a deputados

A tramitação da emenda antinepotismo emperrou por falta das 18 assinaturas, mas nem por isso o PMDB deixou de dar um ultimato aos deputados para que todos se posicionem contra a criação de uma lei probindo a contratação de parentes no serviço público. O futuro presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, que assume no dia 15, avisou que, nas votações polêmicas em que o partido decidir fechar questão, todos terão de obedecer a orientação partidária nas votações. Caso contrário, podem sofrer punições. Dos 16 deputados da bancada, Stephanes Júnior e Edson Strapasson assinaram a proposta de Tadeu Veneri (PT) para acabar com o nepotismo. Mas não serão obrigados a retirar o apoio. "Isso aí está zerado. As assinaturas foram inócuas porque o projeto não tramitou", disse Pugliesi. Mas o recado vale para os próximos projetos.

Kátia Chagas

Se depender dos colegas da bancada do PT na Assembléia, o deputado petista Tadeu Veneri terá sérias dificuldades para conseguir a assinatura que falta para protocolar a proposta de emenda constitucional contra o nepotismo. Embora a maioria dos deputados petistas se declare contrária ao nepotismo, essa posição até o momento não se concretizou em assinaturas de apoio ao projeto.

O líder da bancada, Elton Welter, afirmou que, se não houver determinação da direção estadual do PT, os deputados não irão assinar a proposta de Veneri. "Não é o Tadeu que vai pautar a bancada." Com a retirada do apoio do deputado Dr. Batista (PMN) ao projeto, falta apenas uma assinatura para a proposta poder tramitar. Embora não assine o projeto, Welter se declara contra o nepotismo e disse que, se for à votação, a bancada irá se posicionar a favor do fim do nepotismo. A deputada Luciana Rafagnin e o deputado Professor Luizão também disseram ser contra o nepotismo, mas preferem se posicionar juntamente com a bancada. "O PT é contra o nepotismo. Só não queremos servir de instrumento da oposição contra o governo", disse Luizão.

Já o deputado Pedro Ivo Ilkiv disse ser favorável ao fim dos cargos de confiança, mas não vê problemas em parentes de autoridades com qualificação assumirem cargos. O deputado Péricles de Mello não foi encontrado pela reportagem. O secretário-geral do PT estadual, Márcio Pessati, declarou que o partido é contra o nepotismo. Mas uma reunião do diretório estadual para discutir o assunto será agendada nas próximas semanas.

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