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Brasília – Abandonado pelos partidos da base na eleição para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), a bancada do PT reconheceu ontem que terá de negociar mais com os aliados se quiser emplacar o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) na presidência da Câmara no lugar do deputado Aldo Rebelo (PC do B - SP).

Ainda sob o impacto da derrota da noite de quarta-feira passada, o líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), avaliou que entre 100 e 110 deputados de partidos da base votaram a favor do candidato Aroldo Cedraz (PFL-BA) e derrotaram o deputado governista Paulo Delgado (PT-SP).

"A eleição para o TCU mostrou um problema real que nós temos de enfrentar", afirmou Fontana. "A base tem de assumir uma outra postura em relação à presidência da Câmara.

Não vamos ter a repetição de hoje (antehoje) na eleição de fevereiro", continuou o líder. Fontana mais uma vez defendeu o direito do PT em lançar um candidato à disputa pela presidência da Casa. "Se o recado (derrota na eleição para o TCU) foi o veto ao PT, é um erro político da base", avaliou o petista. "Não vetamos ninguém nem aceitamos ser vetados nessa disputa", disse. Fontana atribuiu a um "erro da base" a derrota de Delgado e a vitória do deputado pefelista.

A derrota imposta pelos partidos da base na eleição para o TCU no dia seguinte ao lançamento da candidatura de Chinaglia à presidência da Câmara foi avaliada na Casa como um aviso dos aliados ao projeto de poder do PT. Fontana e deputados petistas acreditavam que os partidos da base que realizam a prévia que escolheu Delgado votariam no candidato oficial.

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