Curitiba – O coordenador-geral da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), negou ontem a existência de uma cartilha de orientação de conduta para o petista durante o período eleitoral. O suposto material divulgado no fim de semana na imprensa serviria para evitar erros e deslizes que possam ser usados pelos opositores. De acordo com a cartilha (leia quadro ao lado), Lula participaria de poucos atos públicos. A nota assinada por Berzoini e divulgada ontem afirma que as orientações não correspondem com diretrizes de campanha.

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Caso a cartilha seja colocada em prática, ela pode atrapalhar a candidatura do senador Flávio Arns ao governo do estado. Pelas supostas regras, Lula não deve participar de atos públicos. "Tomei conhecimento da suposta cartilha pela imprensa. O presidente Lula tem habilidade para expressar suas opiniões e dialogar com a população. Alguns dos itens colocados atrapalhariam isso. Claro que se puder associar a imagem do presidente à minha campanha vai ajudar muito", reagiu Arns.

Outra recomendação da cartilha que afetaria os políticos paranaenses, caso seja cumprida, é a que indica que o presidente Lula deverá evitar viagens para estados com divergências entre aliados. Segundo o presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, que irá assumir a coordenação da campanha do PT no Paraná a partir de agosto, Lula virá ao Paraná, mas não no início da campanha.

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As regras, para o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), devem atrapalhar as candidaturas majoritárias nos estados. "Os candidatos proporcionais não terão problemas, mas a campanha ficará insossa", afirmou Veneri.

A vitória no primeiro turno é tida no PT, como essencial para que Lula consolide seu capital político. Assim iniciaria o segundo mandato com maior margem de governabilidade e um menos pressão da oposição.