A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), sediada em Curitiba, definiu que as provas de língua estrangeira do vestibular para Medicina serão obrigatoriamente questões de língua inglesa. A medida passa a valer a partir do vestibular de Verão, que deve ocorrer em novembro. Portanto, o candidato não terá opção de escolha na prova de Língua Estrangeira Moderna, como acontece com os candidatos a outros cursos. A PUC informa que a Escola de Medicina da universidade considera que o domínio do inglês é requisito para o pleno aproveitamento do curso.
Outro lado
A PUCPR informa que para o Vestibular de Inverno 2016, com processo seletivo previsto para ser realizado em junho, ofertará as opções de Inglês e Espanhol, como língua estrangeira.
“Para o Vestibular de Verão 2017 do curso de Medicina, haverá uma prova obrigatória de inglês. A Escola de Medicina da Universidade considera que o domínio desta língua estrangeira é requisito para o pleno aproveitamento do curso tal como ofertado, uma vez que a bibliografia estrangeira indicada é farta e predominantemente em inglês”, informa, em nota, a instituição.
A universidade diz ainda que, em breve, divulgará as informações detalhadas sobre o processo seletivo de 2017.
O estudante Bruno Rossetto, de 19 anos, que pelo segundo ano faz cursinho buscando uma vaga no curso de medicina, foi um dos alunos que se sentiu lesado pela decisão da PUCPR.
“Os melhores vestibulares do país tem opção de língua, inclusive a PUCPR, que só mudou agora este entendimento e sem uma justificativa plausível. Nenhum vestibular, mesmo os mais concorridos como o da UFPR ou das estaduais retiram o direito de escolha - inclusive incluem opções de alemão, italiano, etc. A universidade está caminhando para trás”, disse.
Bruno, que foi aluno de escola pública, afirmou que a decisão fere o direito de escolha do aluno e a lei que institui o espanhol como língua obrigatória no país.
“Eu estudei em escola pública, não tive oportunidade de fazer um cursinho de inglês e essa é a realidade de muitos estudantes que sonham em fazer medicina”, contou.
De acordo com o estudante, um grupo de alunos foi criado no aplicativo de mensagens WhastApp para acompanhar o caso, que já tem mais de 100 participantes.
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