Carlos Roberto Pupin (PP) fez questão de frisar que a sua candidatura foi deferida em decisão do ministro Marco Aurélio Mello e que o fato de ainda depender de votação pelo colegiado em Plenário não causa incômodo| Foto: Walter Fernandes

Com 104.482 votos, 53% dos votos válidos, Carlos Roberto Pupin (PP) foi eleito no último domingo (28) o 16º prefeito que irá governar Maringá nos próximos quatro anos. Em entrevista à Gazeta Maringá nesta segunda-feira (29), o novo prefeito falou sobre o desgaste de campanha, as primeiras ações assim que assumir a cadeira de chefe do Executivo e o processo de transição.

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Fez questão de frisar que a sua candidatura foi deferida em decisão do ministro Marco Aurélio Mello e que o fato de ainda depender de votação pelo colegiado em Plenário não causa incômodo. "Vamos parar com esse negócio de ‘tapetão’, por que o povo soube escolher no voto". Confira os principais trechos da entrevista.

Gazeta Maringá: Foi uma campanha desgastante? O que foi mais difícil para o senhor?

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Carlos Roberto Pupin: todas as campanhas são desgastantes. Difícil é levar as suas propostas, convencer o eleitor em votar na gente. Foi muito difícil também conviver e combater as inverdades que implantaram durante toda a campanha.

A coligação encabeçada pelo PP adotou o nome "A mudança continua". O que muda a partir de 1º de janeiro de 2013? Entre essas mudanças também há previsão de mudança no secretariado?

Olha, vão mudar muitas coisas, nós vamos mudar alguns secretários. Nós vamos mudar é no atacado. Não vamos, por exemplo, cuidar somente da saúde, ou só da segurança, ou só da educação, nós vamos fazer a mudança é no ‘macro’, pois há muitas direções a serem seguidas em Maringá.

O candidato Enio Verri declarou, também no domingo (28), que irá cobrar as promessas e irá fiscalizar a atuação do novo prefeito. Ao passo que o senhor, de cima do carro de som, afirmou que irá precisar do apoio de todos os deputados maringaenses. Como o senhor espera que seja essa fiscalização e como o senhor espera que seja essa ajuda por parte dos deputados?

Olha, não é só o Enio que vai me fiscalizar, é a população que vai me fiscalizar, a Câmara Municipal vai me fiscalizar. Agora o Enio tem de entender que ele tem uma função a ser feita. A primeira é trazer os recursos para a cidade. A campanha acabou. O que eu quero é a paz, é o trabalho e a união por Maringá. Tenho certeza de que Enio vai ajudar a gente. Ele era meu adversário político, não somos inimigos.

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Na Câmara Municipal, o senhor irá contar com a maioria dos vereadores eleitos, levando em consideração a coligação e os apoios recebidos posteriormente no segundo turno. De que forma isso poderá lhe ajudar a governar?

Vai ajudar como tem sido até agora. Temos aí 11 vereadores eleitos que foram da nossa base de campanha, então isso é muito importante, por que eles vão continuar ajudando nos bons projetos para a cidade. Quero dizer também que a Câmara é autônoma, ela tem a capacidade de votar ou não votar nos projetos e até agora nós tivemos bons projetos para a cidade de Maringá e eu quero continuar essa parceria para continuarmos fazendo o que temos feito por Maringá até agora.

Sobre sua situação de candidatura ainda ter que passar pela votação no plenário, com os ministros, isso causa incômodo? Qual é a expectativa, considerando que já houve decisão inicial contrária, no caso da decisão do TRE-PR por seis votos a zero?

A mim não. Nós temos que deixar bem claro com relação à impugnação de minha candidatura é que o Ministério Público, que era uma das partes recorrentes no processo, não recorrerou da decisão proferida pelo ministro Marco Aurélio Mello. O outro partido, o PSB, também não recorreu. O único partido que recorreu foi o PT. Nós fomos votados democraticamente. A população maringaense soube escolher no voto. Vamos parar com esse negócio de ‘tapetão’. Eu fico muito grato com os 104.482 votos que obtive e que são votos que nós conseguimos na democracia, e não no ‘tapetão’.

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