As atrações variadas da Quadra Cultural, que ocorreu no sábado, levaram um público estimado pela organização em 10 mil pessoas à estrutura montada na esquina das ruas Paula Gomes e Duque de Caxias, no bairro São Francisco. Das 11 horas da manhã ao início da tarde, os espetáculos infantis atraíram famílias ao local, que contou também com um pequeno comércio e praça de alimentação.
O perfil da plateia mudou com a apresentações de bandas de rock como a Confraria da Costa e a Uh La La!, que se apresentaram para espectadores mais jovens. Uma das marcas do evento, no entanto, foi a diversidade do público, que, apesar da chuva que começou a cair por volta das 21 horas, chegou a um pico estimado em 6 mil pessoas na apresentação do sambista da velha-guarda paulistana Germano Mathias. Principal atração da Quadra Cultural, Mathias encerrou a programação em clima de gafieira.
A realização
As entradas do evento, além de contarem com pequenas apresentações de artistas de rua, foram monitoradas por seguranças particulares, que tiveram apoio da Guarda Municipal no entorno das ruas Paula Gomes e Duque de Caxias fechadas entre a Trajano Reis e a Mateus Leme, e entre a Carlos Cavalcanti e a Inácio Lustosa. A Polícia Militar manteve uma viatura no local a partir do início da noite e não registrou ocorrências durante o evento.
A programação se encerrou às 22 horas, com a marchinha "Bandeira Branca", em homenagem ao bloco de rua Garibaldis e Sacis. "Estávamos confiantes", disse o idealizador da Quadra Cultural, Arlindo Ventura (dono do bar O Torto), logo após o término do evento. "Estamos com uma legitimidade cada vez maior. A Quadra Cultural agora faz parte do calendário cultural de Curitiba. Quem ganha com isso é o público."
"O Magrão está restabelecendo um movimento cultural incrível a partir desse cantinho em Curitiba", disse o fotógrafo Nego Miranda, que elogiou o evento. "É uma coisa nova tanto culturalmente quanto socialmente, que consegue reunir as pessoas para festejar nas ruas", diz. Para a produtora de vídeo Soraia Ribeiro, que também foi às edições anteriores da Quadra Cultural, o evento foi marcado pela organização, a segurança e a limpeza. "E o melhor é que acontece na rua, para todo mundo. Às vezes a pessoa passa aqui e nem sabe o que está acontecendo, mas é seduzida e acaba participando", diz.
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