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Violência

Quadrilha de seqüestradores é presa em Curitiba

Quatorze pessoas foram presas na madrugada deste sábado acusadas de seqüestrar o filho do dono de uma transportadora em Joinville (SC). Sete deles - quatro homens e três mulheres - foram presos em Curitiba. Em uma ação simultânea, outros sete foram presos na cidade catarinense. A prisão ocorreu após o pagamento do resgate e a liberdade do rapaz, de 27 anos. A vítima passa bem e já está em casa. O nome dele não foi revelado a pedido da família. Segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Paraná, o rapaz foi seqüestrado no dia 20 de dezembro e ficou durante 11 dias em um cativeiro em Joinville. A quadrilha inicialmente havia pedido um resgate de R$ 2 milhões. Após negociações com a família, o valor acertado ficou em R$ 500 mil. As policiais dos dois estados trabalharam em conjunto.

De acordo com o delegado Sílvio Rochemback, do Tigre, da Polícia Civil do PR, o quartel-general dos seqüestradores no bairro Fazendinha foi descoberto após o pagamento do resgate - por volta das 2 horas deste sábado em um local próximo ao Parque Barigüi. Policiais perseguiram um dos suspeitos e chegaram até uma casa na Rua Cezinando Martinho da Cruz, 461. Por volta das 6 horas, após a confirmação da libertação da vítima em Joinville pela polícia catarinense, agentes do Tigre invadiram o imóvel e prenderam todos que estavam dentro. Com eles, foram apreendidas uma metralhadora calibre 40, três pistolas, munição, celulares e o dinheiro do seqüestro.

De acordo com Rochemback, a quadrilha era comandada pelo paraguaio Idelino Ramon Silvério, 35 anos, criminoso procurado pela Interpol em quatro países do Mercosul (Chile, Paraguai, Argentina e Brasil) e que esteve preso recentemente na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), na Cidade Industrial. No dia 10 de setembro, Silvério financiou a operação de arrebatamento que libertou ele e mais 14 presos da CCC. Dois deles, Davi Cerqueira Rodrigues da Silva, 22 anos, e Jéfferson Andrade da Silva, 32 anos, também foram presos, acusados de participar doseqüestro.

Três semanas antes, ainda na CCC, Silvério havia concedido entrevista ao repórter Sérgio de Deus, da Gazeta do Povo, alegando ser preso político. Supostamente perseguido no Paraguai, ele queria asilo no Brasil. Mas a fuga da Casa de Custódia e a ficha criminal desmentiram a versão apresentada por ele.

Também foram presos pelo Tigre, o paraguaio Elvio Gonzales Vasques, 40 anos, e as brasileiras Madalena Ritistich Stanescou, 36 anos, a filha dela Gisele Ritistich Guidolin, 19 anos, e Kátia Jane de Biase, 27 anos. Todos foram trasnferidos ainda na manhã deste sábado para Joinville.

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