A quadrilha que pode estar envolvida no assalto a um banco do município paranaense de Curiúva, no Norte Pioneiro do Paraná, é alvo de uma operação da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) nesta quinta-feira (21). O grupo é suspeito de ter praticado 22 roubos a bancos e caixas eletrônicos no estado, ações criminosas que renderam aproximadamente R$ 4 milhões.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), 20 pessoas foram presas. Quatorze delas foram detidas por mandados judiciais, e outras seis, em flagrante, segundo a Sesp. A operação, batizada de Cangaço, tem ordem para cumprir 22 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão. Entre os alvos está um funcionário público de uma prefeitura do interior do estado, que, segundo o MP-PR, seria o responsável pela obtenção das retroescavadeiras utilizadas pela quadrilha para os assaltos.
Na manhã desta quinta-feira, uma pessoa morreu durante os trabalhos da operação. Foi na cidade de Ortigueira. Segundo a Sesp, a vítima teria reagido com uma metralhadora à abordagem dos policiais, que revidaram e dispararam, acertando o homem.
Desde que as investigações começaram, logo após o assalto a um banco em Borrazópolis, com 30 reféns, outras duas pessoas foram mortas no curso dos trabalhos dos policiais. Em um dos casos, em setembro do ano passado, Amaral Ferreira Americano, apontado como um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi morto em São José dos Pinhais, na região metropolitana (RMC). Segundo a Sesp, ele era o único integrante da quadrilha que sabia como manejar determinado tipo de explosivo usado para abrir caixas eletrônicos. Outro suspeito de integrar a quadrilha foi assassinado há cerca de vinte dias.
A operação ocorreu simultaneamente nas cidades de Faxinal, Ortigueira, Telêmaco Borba, Imbaú, Lerroville, Mauá da Serra e Londrina. A operação reúne mais de 200 policiais militares e civis, de unidades como o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Choque e Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), além de policiais das subdivisões de Londrina e Apucarana.
Foram aprendidos também computadores, carros, drogas, armas e munições. O MP-PR ressaltou em nota que deve apresentar uma denúncia criminal contra os envolvidos no caso nos próximos dias.
Atuação
Segundo a Sesp, a quadrilha atuava de diversas formas: explodindo caixas eletrônicos, roubando cofres, além de usar retroescavadeiras para destruir as sedes dos bancos. Uma característica marcante desta organização criminosa seria a violência empregada em algumas ações – como em Curiúva.
Os suspeitos são acusados de crimes como associação criminosa, roubo, furto, tentativa de homicídio, cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo de calibre restrito, receptação, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando.
Caso Curiúva
Aproximadamente dez pessoas foram feitas reféns por uma quadrilha durante assalto um banco na tarde desta segunda-feira (18) em Curiúva, município do Norte Pioneiro do Paraná. As vítimas foram usadas como cordão humano para que os criminosos pudessem agir dentro da agência, que fica no Centro da cidade, e depois, foram levadas pelo grupo no compartimento de cargas de uma caminhonete. Um dos reféns foi posto no capô do veículo, que saiu do local em alta velocidade.
Além do grupo de clientes que estava no banco, mais pessoas foram feitas reféns após a fuga dos criminosos.
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