A polícia descobriu, na noite de quarta-feira (16), uma residência localizada no bairro Santa Quitéria, em Curitiba, que era usada por uma quadrilha como uma espécie de central de falsificação de documentos. No local, foram encontrados programas e materiais utilizados no processo de adulteração. Segundo o delegado Cassiano Aufiero, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedc), os acusados mantinham relação com outros estelionatários de Curitiba e região metropolitana. "Além de forjar os documentos para aplicar vários tipos de golpes, eles [os acusados] vendiam as falsificações a outros golpistas", explicou.
A Dedc localizou a casa - na Rua Heitor Cresto - após duas semanas de trabalhos. Segundo o delegado, a quadrilha mantinha em pen-drives programas de falsificação e espelhos (modelos) de documentos oficiais. Com os aplicativos, o grupo imprimia desde RGs, CPFs e carteiras de habilitação, até comprovantes de residência. A polícia também encontrou produtos químicos para apagar dados de documentos originais, máquinas de cartão e um equipamento para secar as cópias falsificadas. Caixas de documentos adulterados também foram apreendidas.
"Com os apetrechos encontrados na residência, a quadrilha podia aplicar diversos tipos de golpes. Os acusados podiam abrir empresas, crediários e conseguir financiamentos", exemplifica o delegado. Segundo Aufiero, a Dedc pretende localizar vítimas para quantificar os prejuízos causados pelo grupo e para aprofundar as investigações.
Carros e golpes
As investigações começaram na semana retrasada, quando um homem vendeu um Audi A4 à quadrilha, que pagou pelo veículo usando um cheque falsificado. O carro foi encontrado na residência usada pelos acusados. A polícia também recuperou um Golf que, segundo o delegado, também teria sido adquirido pelo grupo de maneira fraudulenta.
Os acusados foram identificados como Marcos Ferreira, de 34 anos, Eliel Lemes Domingo, 41, e João Marcelo Lemes, de 28 anos. Eles foram presos em flagrante por estelionato e formação de quadrilha. Um homem identificado como Marcelo Stataite está foragido, segundo a polícia.
Na casa usada pela quadrilha também foi apreendido um caderno de anotações. Segundo o delegado, a encadernação contém nomes que podem ser de outros estelionatários que compravam documentos falsos do grupo também para aplicar golpes. "Todos estes nomes serão investigados a partir de agora, e esperamos, com isso, identificar outras quadrilhas de estelionatários", disse Aufiero.
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