A polícia do Paraná prendeu neste fim de semana a quadrilha que aterrorizou os moradores de Ortigueira, na região Central do estado. A quadrilha assaltou na sexta (10) três agências bancárias, os Correios, uma lotérica e várias lojas. A ação foi rápida e foram feitos reféns, entre eles o prefeito da cidade Geraldo Magela do Nascimento (PSDB). O comércio fechou as portas e os moradores ficaram bastante assustados com a ação dos bandidos.
Logo após o assalto-arrastão, a polícia bloqueou rodovias rurais da região e dezenas de policiais montaram barreiras. Segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), a melhor estrutura foi colocada em atividade, incluindo helicóptero, avião, dezenas de viaturas, cães de faro e policiais de grupos de elite.
A Sesp não passou mais detalhes das prisões. A quadrilha vai ser apresentada nesta segunda-feira (13) em Londrina, no Norte do estado. O secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari, pretende dar uma entrevista coletiva à imprensa, juntamente com as equipes que atuaram nas prisões, para explicar como foi a ação policial.
Os assaltos
A quadrilha fortemente armada chegou à cidade em dois carros por volta das 11 horas da sexta. Alguns vestiam fardas da Polícia Militar. A quadrilha foi ao Destacamento da PM, onde renderam três policiais e o prefeito, que participava de uma reunião.
Com os reféns, os bandidos seguiram para a Delegacia da Policia Civil. No local, prenderam um investigador e uma auxiliar em uma cela. Em seguida saíram para realizar os assaltos. Um membro da quadrilha permaneceu no local e acabou prendendo quatro pessoas que foram à delegacia para avisar a polícia sobre os assaltos.
Além das agências bancárias, Correios, lotéricas, pessoas nas ruas foram obrigadas a entregar dinheiro e objetos pessoais aos bandidos. Os assaltantes seguiram atirando pelas ruas da cidade de 23 mil habitantes. Um policial civil, que estava de folga, foi baleado. Ele foi operado e passa bem. Os assaltantes fugiram em dois carros da polícia. Os veículos e os reféns foram abandonados na zona rural.