Ponta Grossa Em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar, uma quadrilha de traficantes foi presa na noite de ontem, em Ponta Grossa. Ezequiel Alves de Oliveira, Marcos Fabrício Jusczak e Marcelo Freitas Vieira são acusados de executar, com 40 tiros, Joel Bueno. Além deles, Vinícius Giordani de Faria já havia sido capturado logo após o crime, na tarde de ontem. "Temos provas suficientes da participação deles na morte", diz o superintendente da 13.ª Delegacia de Polícia de Ponta Grossa, Luiz Bielik. Segundo ele, Viera é o chefe da quadrilha e está sendo investigado por cerca de dez assassinatos.
Bueno estava com a mulher, Silmara Jesus Rocha, em um Escort quando foi perseguido e executado em um trevo de acesso à cidade. Silmara levou um tiro no rosto e no braço e continua internada em observação na Santa Casa da cidade. De acordo com a PM, os dois estariam envolvidos com o tráfico e foram perseguidos por não pagarem pela droga que receberam da quadrilha. Bueno já respondia a processo por tráfico de drogas e estava em liberdade havia dois meses. Segundo a perícia realizada pelo Instituto de Criminalística, mais de 40 tiros foram disparados contra o carro.
Ao encontrarem o Audi A3 onde estavam os bandidos, os policiais perseguiram o carro até a BR-373, na saída para Imbituva. Após trocarem tiros com a equipe da PM, os traficantes abandonaram o carro, com duas pistolas e munição, e fugiram por um matagal. Apenas Faria foi preso. Ele já tinha um mandado de prisão por furto e roubo de motocicletas.
À noite, os policiais foram até a casa onde estavam os suspeitos e encontraram celulares, jóias, 7 quilos de crack, quatro pistolas, uma caneta-revólver, dois revólveres, duas carabinas com mira telescópica, quatro granadas, três detonadores, dois coletes à prova de balas e grande quantidade de munição, além de um caminhão e um automóvel Palio. De acordo com Bielik, a Polícia Civil já investigava a atuação da quadrilha desde outubro do ano passado.