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Após aprovação do projeto que reformula e amplia o sistema de cotas no ensino federal, nesta terça-feira (24), o senador e líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), disse que a renovação da política de cotas divide o país e não resolve os problemas da Educação e da desigualdade.
“Nós não somos aqui contra essa ou aquela raça, mas acreditamos que, se tem que haver políticas de cotas, que seja a política social e econômica, e não uma política racial que distingue, que diferencia, que aparta os brasileiros. Qual é a diferença entre um branco pobre e um negro pobre? Parece-me que é a cor da pele, e isso, sem dúvida nenhuma, não é uma ação desejável para um país como o nosso, que pretende se unir", afimou Marinho.
O PL 5.384/2020 prevê que, entre outras mudanças, os candidatos cotistas passarão a concorrer também nas vagas gerais, e apenas se não conseguirem nota para ingresso concorrerão às vagas reservadas.
Também contrário à medida, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teve rejeitada uma emenda que alterava o projeto. O senador criticou a falta de acompanhamento do desempenho dos bolsistas nas universidades e o estabelecimento do critério da cor da pela para ingresso dos estudantes.
“Eu queria o seguinte: universidade pública para quem não tem dinheiro para pagar. Quem é pobre e consegue vencer as etapas para chegar à universidade, o que já é uma vitória para quem não tem condições, pudesse ter a garantia de estudar, sair com diploma de doutor. 100% tinha que ser para pobre que não tem condições de pagar independente de cor de pele ou sexo”, disse o senador.
O projeto, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), foi relatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que manteve o texto aprovado na Câmara e rejeitou oito emendas apresentadas em Plenário à proposição.
Caso fosse aprovada alguma alteração, o projeto retornaria à Câmara.