Apesar de a APP-Sindicato e a Secretaria de Estado da Educação (Seed) terem convocado os alunos a retornarem às salas de aula na quarta-feira (10), muitas escolas optaram por reabrir somente hoje (11). É que a retomada efetiva das aulas depende de a estrutura dos colégios estar apta para receber os alunos, o que envolve a limpeza de toda a estrutura e manutenção de estoques de merenda, material escolar e itens de uso diário.
Restrições à forma de reposição de aulas gera preocupação e polêmica
Leia a matéria completaÉ o caso do Colégio Loureiro Fernandes, no bairro Ahú, em Curitiba. Durante a quarta-feira (10), professores e funcionários fizeram um mutirão para colocar todo o trabalho suspenso durante a greve em dia, incluindo uma grande faxina e uma triagem das merendas, pois alguns itens venceram e têm de ser descartados, enquanto outros, com prazo de validade no limite, serão doados. “Precisamos fazer faxina e refazer estoques, mas o mais importante era definir junto aos professores qual será a abordagem a partir de hoje. Vamos chamar os alunos para o auditório para explicar tudo o que aconteceu e como será daqui para frente. Os alunos foram prejudicados, mas é importante ressaltar que o prejuízo é momentâneo, que será compensado posteriormente”, explicou Amilton Costa, diretor do colégio.
No Colégio Estadual Homero Baptista de Barros, no Capão Raso, enquanto professores debatiam sobre como reorganizar o calendário escolar, servidores tratavam de preparar o espaço para receber os alunos. A estrutura física do colégio, no entanto, requer reparos que não serão realizados a tempo, principalmente na cobertura – quando chove, algumas salas e o pátio coberto alagam – e na fiação elétrica, que é muito antiga e está danificada.
Mesmo cenário
Na Escola Estadual Cecília Meireles, no Tarumã, as aulas começaram na quarta-feira (10), embora pouco mais de 50% dos alunos tenha aparecido. A expectativa do diretor, João Alberto de Souza, é que o retorno alcance 100% dos alunos somente a partir da próxima semana.
E o vestibular?
O diretor do Cecília Meirelles, Amilton Costa, acredita que as turmas de ensino médio deveriam ter um calendário específico. Já Daniela Gil, do Homero Baptista, planeja “aulões” voltados para essas turmas.
A retomada das aulas, no entanto, não acontece sem problemas. De acordo com Souza, a demanda de professores e funcionários foi “feita à revelia, sem considerar as peculiaridades da escola”, que tem uma área de 6 mil metros quadrados e porte para 2,2 mil alunos, embora atenda apenas 682 nos três turnos.
Como a Seed calcula a demanda da escola com base no número de alunos, o quadro de servidores da E.E. Cecília Meireles aponta cinco funcionários (três administrativos e dois de serviços gerais) como “em excesso”. Segundo Souza, a qualquer momento os trabalhadores podem ser remanejados para outras unidades de ensino. Se isso acontecer, explicou, a biblioteca e o laboratório de informática terão de permanecer fechados por falta supervisão e os serviços de limpeza e merenda serão comprometidos.
Além disso, explicou o diretor, por conter servidores “em excesso” em seu quadro funcional, a escola não consegue substituir aqueles que precisam faltar por problemas eventuais. Quando um professor falta, por exemplo, o diretor tem de assumir a turma. “A sobrecarga e a falta de funcionários não entraram na pauta dessa segunda greve. Retornamos para o mesmo cenário e sob pressão de desconto de faltas”, disse Souza.
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