O quarto suspeito de linchar a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, no último sábado, no Guarujá, litoral paulista, se entregou nesta sexta-feira à polícia. Fabiane morreu na segunda-feira. Segundo a Rádio CBN, o pedreiro Jair Batista dos Santos, de 35 anos, apareceria nas imagens do crime entregues à Polícia Civil no começo desta semana. De acordo com o advogado do pedreiro, Marcos Ferreira Santos, seu cliente não participou da agressão, embora tenha sido identificado pela polícia como um dos linchadores. Apenas um dos cinco suspeitos identificados pela Polícia Civil permanece foragido.

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"O que tem nas imagens é ele conversando com a moça (Fabiane) e falando 'eu acho que não é ela'. O pessoal estava querendo fazer coisa pior com ela. O pessoal tava querendo jogar ela na vala. Ele não deixa acontecer isso e a coloca em um lugar seco", disse o advogado à Rádio CBN.

Além do pedreiro, estão presos Carlos Alex Oliveira de Jesus, de 22 anos; Lucas Rogério Fabrício Lopes, de 19; e o eletricista Valmir Dias Barbosa, de 47 anos.

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Alex foi localizado em Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, e confessou participação no linchamento, embora tenha dito que sob efeito de drogas. De acordo com o delegado Luiz Ricardo Lara, ele seria o responsável por levantar a cabeça da dona de casa e jogá-la contra o chão durante as agressões.

Já Lopes é suspeito de ter passado com uma bicicleta em cima da dona de casa. A prisão dele aconteceu após uma denúncia anônima. Em depoimento à polícia, o rapaz confessou participação no linchamento e indicou o nome de mais um envolvido no crime. Ele ainda disse estar arrependido.

O primeiro suspeito preso foi Barbosa, na terça-feira. Ele é quem aparece agredindo Fabiane com um pedaço de madeira em imagens feitas por outros moradores do bairro Morrinhos, onde ocorreu a agressão e a vítima morava.

Fabiane foi linchada por moradores no sábado, após ser confundida com uma suposta sequestradora de crianças para rituais de magia negra. O retrato falado dela estava sendo divulgado na internet, através da página "Guarujá Alerta", mas, segundo a polícia, o crime de sequestro não existe no município.

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