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Exame de raio-X: diagnóstico precoce facilita o tratamento | Divulgação
Exame de raio-X: diagnóstico precoce facilita o tratamento| Foto: Divulgação

Vacina fecha o cerco contra bactéria

A vacina 13-valente será a primeira a prevenir contra 13 sorotipos da bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae), causadora de doenças como pneumonia, meningite e otite média aguda. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças pneumocócicas são umas das principais causas de mortalidade infantil no mundo. Cerca de 1,6 milhão de óbitos por ano, em todo o mundo, são causadas pela bactéria.

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O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, que será amanhã, chama a atenção para um inimigo de respeito. A tuberculose existe há mais de 4 mil anos e ainda não foi erradicada do planeta. Durante séculos matou sem piedade. O bacilo que causa a doença só foi descoberto em 1882, pelo patologista alemão Robert Koch, e os medicamentos, capazes de combatê-la, só foram desenvolvidos em 1944.

Desde então, a incidência da tuberculose diminuiu em todo o mundo. Em países desenvolvidos, ela praticamente não existe. Em nações pobres, por outro lado, a doença ainda preocupa, já que os fatores sociais têm grande impacto na proliferação da bactéria. Pessoas que vivem aglomeradas em pequenos espaços, sem acesso à água tratada, alimentação adequada e atendimento médico são as principais vítimas.

No ranking dos 22 países que concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo, o Brasil está em 16º lugar. Índia, China, Nigéria e Paquistão também fazem parte deste grupo.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, existem 100 mil brasileiros infectados. Desses, 6 mil morrem por ano.

Como explica o pneumologista Rodney Frare e Silva, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o bacilo da tuberculose é contraído pelo ar. Quando o infectado fala, tosse ou espirra, contamina o ar que será inalado por quem está próximo. Indivíduos com baixa imunidade como idosos, desnutridos, usuários de drogas e pacientes com o vírus HIV, insuficiência renal e doença pulmonar crônica estão mais suscetíveis à doença.

"O bacilo da tuberculose costuma se instalar na região superior dos pulmões, onde há mais oxigênio. Nesses locais, a bactéria forma uma cavidade e se multiplica em três áreas distintas: dentro e em volta da cavidade, e no interior dos macrófagos, células de defesa produzidas pelo organismo, que não conseguem matar os bacilos", explica o médico.

Por se desenvolver em três pontos distintos e com velocidades diferentes, o tratamento mais comum, o RHZ, é feito com três antibióticos diferentes e tem duração de seis meses. "Por ser um tratamento considerado longo pelos pacientes, muitos o abandonam antes de se curar. Esta situação é grave, pois além de a recaída ser muito pior, este indivíduo continua a transmitir a doença", ressalta Frare.

No Paraná

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, 2,8 mil novos casos surgem no Paraná por ano. Em Paranaguá, a incidência da doença é alta. Enquanto no estado existem 25 infectados para cada grupo de 100 mil pessoas, na cidade são 60 para 100 mil. "Essa realidade é comum a todas as cidades portuárias. Existe uma grande circulação de pessoas de diferentes origens, alto índice de portadores de HIV e pobreza", argumenta o médico.

O especialista garante que a tuberculose pode ser curada em 100% dos casos, desde que o tratamento seja realizado corretamente. Todos os medicamentos necessários são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "Se a pessoa está com tosse há mais de três semanas, deve procurar o médico. O ideal é que o diagnóstico seja realizado o quanto antes. Se o escarro do paciente vier acompanhado de sangue, é porque o pulmão já foi lesionado", alerta.

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