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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo

Apesar da melhora de indicadores sociais e do aumento da renda dos brasileiros nos últimos anos, as moradias inadequadas ainda representavam 38,3% dos domicílios brasileiros em 2012, segundo a 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) Brasil 2015, divulgada nesta sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa considera inadequados os domicílios em que pelo menos um dos pré-requisitos não eram atendidos: até dois moradores por dormitório; existência de rede geral de esgoto ou fossa séptica; coleta de lixo direta ou indireta, e rede geral de água. A maior deficiência, segundo o órgão, é o atendimento por rede de esgoto.

Por outro lado, a fatia de residências inadequadas, apesar de ainda ser elevada, vem diminuindo de forma contínua. Em 2011, por exemplo, os domicílios nessa condição eram 39,1% e, no início dos anos 2000, somavam quase a metade das casas.

“Os indicadores sociais estão melhorando, embora lentamente. Isso é natural, os investimentos não são feitos de um ano para o outro, e o resultado vem no longo prazo”, explica Denise Kronemberger, gerente de Estudos Ambientais do IBGE.

O levantamento também mostra grandes diferenças regionais, o que também ocorre com outros indicadores sociais. As regiões com a maior proporção de moradias inadequadas são Norte (71,8%), Nordeste (54%) e Centro-Oeste (50,3%). Enquanto isso, os menores porcentuais são verificados no Sul (30,6%) e no Sudeste (23,9%).

São Paulo é o estado com mais moradias adequadas, num total de 80,6%. Na outra ponta, a pior situação é Amapá (19,7%).

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