Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira do Sono mostrou que 43% dos brasileiros não têm um sono restaurador e apresentam sinais de cansaço no decorrer no dia. Os distúrbios do sono podem causar desde problemas à saúde, de relacionamento e profissionais até acidentes graves.
"A qualidade do sono é tão importante quanto a qualidade da alimentação. Quando o sono é restaurador, acordamos com vitalidade, energia e motivação. Quando não dormirmos o necessário despertamos, ao longo de vários dias, cansados em demasia, irritados e com a capacidade produtiva reduzida", disse Jânio Savoldi, especialista da entidade, à Agência Brasil.
Entre os principais problemas do sono estão as insônias, os distúrbios como apneia (paradas respiratórias durante o sono) e os roncos, que atingem grande parte da população. Segundo o pneumologista e professor da Universidade de Brasília, Carlos Viegas, o sono existe para que se possa restaurar do ponto de vista físico e psíquico. É preciso dormir um determinado número de horas, com qualidade, para se passar pelos vários estágios do sono. "Quem sofre de distúrbio do sono poderá ter infarto, obesidade, diabetes, arritmia e hipertensão arterial. Não existe qualidade de vida sem qualidade do sono", afirmou.
O pneumologista destacou, ainda, que uma pessoa que passa várias noites com o sono fragmentado terá perda de atenção. "Um dos problemas mais comuns entre profissionais, como motoristas e operadores de máquinas, são os acidentes. No Brasil, não há dados estatísticos, mas nos Estados Unidos são mais de 25 mil acidentes por ano, causados pela falta de sono", comentou Viegas. Laboratório
O Laboratório de Medicina do Sono, do Hospital Universitário de Brasília, oferece atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço só é prestado gratuitamente em mais duas outras capitais: Porto Alegre e São Paulo.
A psicóloga responsável pela área de psicoeducação do laboratório, Lisiane Bittencourt, indicou que se faça uma higiene do sono para garantir uma noite tranqüila. "Deve-se deitar e acordar no mesmo horário nos sete dias da semana, desligar todos os aparelhos que despertem a atenção, evitar a ingestão de alimentos com cafeína, como o café, refrigerantes com cola, chocolate, beber pouco líquido após as 19h e comer refeições leves, de preferência até três horas antes de deitar", recomendou.
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