Quatorze presos fugiram, no domingo (23), da carceragem da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Segundo um investigador da delegacia, que não quis ser identificado, a fuga ocorreu no fim da tarde e, até a noite desta segunda-feira (24), nenhum fugitivo havia sido recapturado. A delegacia tem capacidade para 8 presos, mas abrigava 57 no momento da fuga.
De acordo com informações apuradas pela TV Paranaense, policiais que estavam de plantão perceberam a movimentação dos fugitivos e conseguiram impedir que outros três presos escapassem da carceragem.
O delegado titular do distrito, Rafael Ferreira Viana, afirmou em entrevista coletiva, durante a tarde desta segunda-feira (24), que nos presos fugiram pelo banheiro. "Os presos cavaram um buraco na latrina e fugiram por ali, alcançando o muro", explicou Viana. Até a noite desta segunda nenhum preso havia sido recapturado.
Delegacia problema
No mês de março deste ano, 16 policiais da Delegacia do Alto Maracanã foram presos suspeitos de integrarem uma quadrilha que extorquia detentos. Segundo uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP) os policiais cobravam R$ 30 mil para soltar presos.
Todos os policiais que foram presos após a investigação já foram liberados por meio de habeas-corpus concedidos pela Justiça de Colombo. Desde aquela época aconteceram quatro tentativas de fugas.
Mercês
Segundo informações da sala de imprensa da Polícia Militar (PM), por volta das 16h30 desta segunda duas presas algemadas tentaram fugir do 3.º Distrito Policial na Rua Solimões, no bairro Mercês. Elas foram encontradas logo depois escondidas em um matagal perto da delegacia. As duas haviam sido presas por furto e já foram liberadas pela Justiça.
Três fogem no interior
Também no domingo, outros três presos fugiram da delegacia de Ivaiporã, região Central do estado. Foi a primeira fuga na delegacia desde o mês de janeiro, quando o delegado Osnildo Carneiro Lemesfez um acordo inusitado com os detentos. Eles teriam algumas regalias, como autorização para dormir nos corredores e até no solário, mas com a condição de que não fugissem. Segundo o delegado, como os três não faziam parte do trato, o acordo será mantido.