Relembre o caso
O corpo da garota Bruna Ferreira, de 11 anos, foi encontrado no dia 15 de outubro em uma cova rasa coberta de lama em Quatro Barras, na região metropolitana. O local onde o cadáver foi achado estava a cerca de 700 metros da chácara onde os dois foram vistos pela última vez, no dia anterior.
De acordo com a polícia, Bruna e o primo estavam na piscina da propriedade, e teriam desaparecido por volta das 14h30 do dia 14. Cerca de três horas depois, o rapaz teria retornado para casa sozinho, sem as bermudas e sujo de lama, especialmente nos braços. Apenas neste momento, segundo a polícia, a família foi à delegacia de Quatro Barras.
O primo, que alegou ter visto os homens que levaram a menina, foi chamado a reconstituir os passos do desaparecimento. Ele indicou um local a cerca de dois quilômetros da propriedade, onde foram encontradas as bermudas que ele usava. Sem convencer a polícia, ele foi detido já no dia 15, e permaneceu preso desde então.
O instituto de Criminalística apresentou nesta quinta-feira (21) o laudo que confirma que a menina Bruna Ferreira, de 11 anos, foi estuprada e morta pelo próprio primo em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Moisés Alves, de 20 anos, está preso no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) desde que o cadáver da garota foi encontrado em uma área rural do município, no dia 15 de outubro.
Entre outros indícios, a polícia encontrou um galho ao lado do corpo, que continha sangue com o DNA do rapaz. O material, segundo a polícia, é uma prova de que Alves esteve no local do crime, fato que o suspeito negou desde que foi detido. Ele alegou que foi agredido por sequestradores, que teriam levado a garota.
A investigação concluiu que Bruna foi agredida, estuprada e morta pelo primo. Segundo a reconstituição do crime, ele a agrediu na cabeça com uma espingarda de pressão, abusou dela enquanto ainda estava viva e a matou em seguida, provavelmente por asfixia. O sangue encontrado no galho seria de um ferimento encontrado nos dedos da mão de Alves, no dia em que a garota morreu.
Embora não houvesse sêmen no corpo da vítima, foi constatado sangramento na região vaginal, e o hímen estava rompido. Também foram achadas manchas de sangue no corpo e nas roupas íntimas de Bruna, mas não foi possível extrair material genético nestes casos. Apesar disso, a polícia afirma ter provas suficientes para indiciar o rapaz como culpado. Ele responderá por estupro, homicídio e ocultação de cadáver.
O delegado Cássio André, do Cope, afirma que a perícia apenas confirmou o que a polícia já havia concluído pela investigação. "Em nenhum momento, a versão do suspeito [de que a garota teria sido levada por sequestradores] se confirmou", disse. Nesta quinta, o delegado apresentou mais de quinze indícios de autoria e contradições na versão dada por Moisés para os acontecimentos, com relação ao que foi apurado.
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