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Mobilidade urbana

Quatro dias de debate sobre duas rodas

A suíça Mona Caron fará intervenções artísticas durante o fórum, como esta iniciada num prédio da Rua São Francisco |

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A suíça Mona Caron fará intervenções artísticas durante o fórum, como esta iniciada num prédio da Rua São Francisco

A semana em Curitiba será sobre duas rodas. Pela primeira vez, a capital recebe o Fórum Mundial da Bicicleta, que em sua terceira edição sai de Porto Alegre e se torna um evento itinerante para levar a discussão sobre mobilidade urbana e cicloativismo para o resto do Brasil. Durante quatro dias – de 13 a 16 de fevereiro – diversas pessoas, entre urbanistas, cicloativistas, artistas e políticos vão promover debates, oficinas e atividades ao ar livre.

Um dos organizadores do evento, Luis Cláudio Brito Patrício diz que a ideia de levar o fórum para outras cidades foi levantada na última edição. "A gente se candidatou porque temos aqui em Curitiba uma cena cicloativista há alguns anos. Tivemos vários voluntários e estamos organizando este evento desde o ano passado", conta.

Entre os palestrantes estão Uwe Redecker, encarregado dos assuntos cicloviários da cidade de Kiel, na Alemanha, e Lars Gemzoe, urbanista dinamarquês internacionalmente reconhecido por suas ideias em qualidade de vida no espaço público. Segundo Patrício, os debates, entretanto, não são circunscritos ao universo da bicicleta. "Temos discussões sobre urbanismo, saúde, convivência, e a maioria das atividades são autossugestionadas. Algumas pessoas fizeram a inscrição das atividades que queriam desenvolver e nós organizamos uma grade de programação".

Entre outras atrações não relacionadas ao tema principal estão a artista suíça Mona Caron, que fará intervenções artísticas durante o evento, e a colombiana Olga Sarmiento, que fala sobre as ciclovias em Bogotá como forma de promover a atividade física. Também estão previstos uma mostra de cinema de filmes sobre bicicleta, shows musicais e pedaladas.

A abertura do evento fica por conta de um discurso do prefeito Gustavo Fruet. Infelizmente, segundo os organizadores, a abertura vai ficar só no discurso. "A nossa ideia era de que pelo menos uma das propostas apresentadas pelo prefeito na campanha sobre a mobilidade das bicicletas fosse implementada durante o fórum, até para dar visibilidade, mas pelo visto, não vai ter nada", conta Patrício.

Ele diz que o esforço agora, em conversas com o Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e com a prefeitura, é para que até o final do ano uma proposta seja implementada.

O Fórum Internacional da Bicicleta começou no dia 25 de fevereiro de 2012, exatamente um ano depois do atropelamento de um coletivo de ciclistas que protestavam em Porto Alegre. O episódio é visto com muita revolta pela comunidade cicloativista, mas também como um catalisador de transformação. "O atropelamento de Porto Alegre, em vez de gerar uma reação agressiva, criou o Fórum Internacional. Então há males que vêm para o bem".

O acesso às atividades é completamente gratuito, e o site do evento disponibiliza um formulário de inscrição que, segundo a organização, serve mais para controle do Fórum do que garantir a participação dos inscritos. "Tivemos até o momento 650 inscrições, mas a expectativa é de que venham bem mais", diz o organizador.

Para conhecer mais as atividades e fazer a inscrição no 3º Fórum Internacional da Bicicleta, acesse o site do projeto: http://forummundialdabici.org.

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