A falta de chuva está obrigando a população a economizar água em algumas regiões do estado para evitar o racionamento. A situação mais crítica é no Sudoeste. Os municípios de Realeza, Pinhal de São Bento, Pato Branco e Nova Esperança estudam a possibilidade de decretar estado de emergência, segundo o tenente Claudicir Becker, representante da Defesa Civil de Francisco Beltrão. Os rios da região estão com vazão 40% abaixo do normal.

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Pranchita, na região de Francisco Beltrão, é o município que sofre as piores conseqüências da falta d’água no perímetro urbano. A vazão das quatro minas e do poço que formam o sistema de abastecimento público da cidade diminuiu 60%, o que levou a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) a pedir para a população usar água com moderação.

Parte da água consumida em Pranchita está sendo captada no município de Santo Antônio do Sudoeste por meio de uma tubulação. Segundo a gerente regional da Sanepar em Francisco Beltrão, Rita Camana, caso a população não economize água será necessário adotar o racionamento em sistema de rodízio. Ou seja, a água passar a ser disponibilizada em horários e locais pré-determinados.

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Em dezembro, a quantidade média de chuvas na região atingiu 48,8 milímetros contra 180 em anos anteriores. De 1.º de janeiro até o dia 10, a média nos municípios do Sudoeste não chegou aos 10 milímetros.

Em Reserva, Região Central do estado, as temperaturas altas e a estiagem dos últimos dias levaram a prefeitura a improvisar. Um trator puxa um tanque de dois mil litros de água regando as praças e canteiros da cidade. O percurso é feito todos os dias, ao menos três vezes, para reduzir a sensação de calor e garantir que as plantas não sequem. A Sanepar não prevê desabastecimento nos Campos Gerais, mas a água que ainda enche os reservatórios fez muita falta aos agricultores. Dois períodos de estiagem – no mesmo ano – provocaram perdas consideráveis. A cultura de soja foi prejudicada pela seca em fevereiro de 2005 e a de milho pela falta de chuvas concentradas em dezembro.

Em Umuarama, no Noroeste, apesar de não haver risco imediato de racionamento, a Sanepar também orienta a população a economizar. O consumo de água na cidade aumentou 20%, passando de 17 milhões para 19 milhões de litros/dia. Em Campo Mourão, também não há previsão de racionamento, mesmo com a baixa quantidade de chuva registrada neste mês. Conforme dados da estação pluviométrica da Cooperativa Coamo, durante o mês de janeiro do ano passado choveu em Campo Mourão 333 milímetros. Neste ano, até agora choveu 54 milímetros. A situação não é diferente em Maringá. Segundo dados da estação meteorológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), nos primeiros 13 dias do ano choveram apenas 13 milímetros em Maringá. A média histórica do mês de janeiro, entre 1976 e 2000, foi de 202.3 milímetros. Apesar da situação, o abastecimento está normal.

Na região de Foz do Iguaçu, o abastecimento está normal. A vazão nos mananciais da cidade, Lago de Itaipu e Rio Tamanduá, não foi afetada pela falta de chuvas. Por enquanto, não há risco de racionamento no Oeste, de acordo com a Sanepar. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a média de chuvas de janeiro em Foz é de 175,7 milímetros. Até ontem havia chovido 78,5 milímetros. Leia aindaChuva suficiente só em fevereiro

Denise Paro, Miguel Portela, Kátia Brembatti, Eduardo Santos, Lincoln Sousa e Dirceu Portugal/Gazeta do Povo/Gazeta do Povo Online

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