Uma operação de fiscalização em postos em combustíveis, desencadeada ontem em Curitiba, terminou com a interdição de quatro estabelecimentos. O foco da ação foi a sonegação de impostos, mas as bombas também foram inspecionadas, de acordo com o Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR).
No primeiro posto vistoriado, no bairro Alto da XV, a placa de uma bomba de combustíveis com suspeita de irregularidades foi apreendida. O nome do estabelecimento não foi divulgado. A placa apreendida é parecida com a original, mas era possível removê-la, enquanto a original é soldada. A placa passará por perícia para que seja comprovada ou descartada a suspeita de irregularidade. "A apreensão é preventiva. Apenas a perícia vai revelar se houve adulteração", afirmou o representante do Comitê Sul Brasileiro de Qualidade de Combustíveis, Fabrízio Machado da Silva.
Outro posto foi interditado por causa de um vazamento. Segundo Silva, o estabelecimento fica no bairro Atuba. Os fiscalizadores constataram que todas as bombas do local apresentavam falha em um equipamento que impede a entrada de ar no motor, o que ocasionava vazamentos. O Corpo de Bombeiros foi até o local para controlar possíveis danos do vazamento.
O Ipem interditou o estabelecimento pela falha no equipamento e os bombeiros, pelo vazamento. As secretarias municipais de Meio Ambiente e de Urbanismo também teriam aplicado multas ao posto.
Outros dois estabelecimentos, nos bairros Ahú e Jardim Social, foram vistoriados nesta terça-feira. Eles foram fechados por problemas com o alvará e a licença de funcionamento. Também são investigadas suspeitas de sonegação fiscal de um dos estabelecimentos.
A operação foi realizada pela Secretaria Estadual da Fazenda em parceria com Ipem, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Comitê Sul Brasileiro de Qualidade de Combustíveis, entre outros órgãos.
Fraude
Os postos de combustíveis ganharam destaque depois de uma denúncia, em janeiro de 2012, de um esquema de fraude nas bombas. No golpe, o consumidor receberia menos combustível do que o informado no equipamento. O esquema era gerenciado por Cleber Salazar, proprietários da Power Bombas.