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Depois de passarem por sessões de reconhecimento com dez crianças, quatro pessoas foram presas na quinta-feira (26) em Catanduva, a 385 km de São Paulo, acusadas de participar de uma rede de pedofilia que abusou de 24 crianças pobres dos bairros Jardim Alpino e Cidade Jardim. Segundo a delegada Rosana Vanni, responsável pelo caso, as prisões temporárias são de um vendedor William Melo Souza, de 19 anos, e do operário Eduardo de Aquino, também de 19.

Dois adolescentes de 16 e 17 anos também foram recolhidos. Eles seriam responsáveis por levar as crianças para a casa do borracheiro José Barra Nova de Melo, de 46 anos, preso desde 15 de janeiro e conhecido como Zé da Pipa. Souza, que é sobrinho do borracheiro, foi reconhecido por oito crianças. Até então, William era denunciado por ajudar o tio.

O operário foi reconhecido por uma criança como sendo o motociclista que a levou à mansão de um médico acusado de pedofilia. Nesta casa, as crianças dizem que eram filmadas e molestadas. A delegada informou que nesta sexta-feira haverá um processo de reconhecimento na mansão. O dono, um endocrinologista especializado em obesidade infantil, não foi reconhecido pelas dez crianças ontem. Elas disseram, mais tarde, que o médico, como os outros acusados, teria mudado a aparência com novos cortes, com tintura e outro penteado de cabelo. Segundo a delegada, um reconhecimento fotográfico ainda poderá ser feito.

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