Professores e técnicos de quatro universidades estaduais aprovaram nesta sexta-feira (27), em assembleias, a continuidade da greve nas instituições de ensino superior sob responsabilidade do governo do Paraná. Na Universidade Estadual do Oeste (Unioeste) e na Universidade Estadual de Maringá (UEM), todos os sindicatos, de professores e servidores técnicos, já aprovaram a continuidade do movimento. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e na Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), há um total de quatro sindicatos – dois em cada instituição. Os dois que tiveram assembleia nesta sexta, aprovaram a continuidade da greve. Mas ainda há votações dos dois restantes na segunda-feira (2).
Emerson José Barbosa, presidente do Sindicato dos Professores e Técnicos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sintespo), conta que a assembleia teve um clima tenso. “A categoria entende que em nenhum dos itens da nossa pauta houve compromisso por parte do governo do estado.” Barbosa diz que os três principais pontos que levaram a haver aprovação de cerca de 90% da categoria pela continuidade da greve são: a falta do pagamento do terço de férias; a intenção do governo de reenviar o projeto de mudança na Paraná Previdência e um projeto que revisa as normas de autonomia universitária no estado, também de autoria do governo.
Na Unioeste, o presidente do Sindicato dos Professores da Unioeste, Antônio Bosi, disse que os professores foram unânimes ao aprovar a continuidade do movimento. Ele citou os mesmos pontos problemáticos na negociação elencados pelo sindicato da UEPG. Mas o que mais pesa na hora de votar propostas do governo, segundo ele, é a falta de confiança. “Nenhum dos servidores presentes na assembleia confia neste governo.” Há um segundo sindicato na Unioeste, representantes dos técnicos, que também aprovou a manutenção da greve nesta sexta.
Marta Belini, secretária geral do Sindicato dos Docentes da UEM, relata que em Maringá também houve unanimidade na aprovação da continuação da greve. “O governador não pode obrigar a gente a fazer um projeto [alteração da Paraná Previdência] em um momento de asfixia econômica, que ele mesmo se colocou. Os próximos passos do movimento são suspender o calendário acadêmico e já estamos fazendo um calendário de manifestações a semana inteira.” Na UEM, os técnicos também aprovaram prosseguir a greve nesta sexta.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu) teve uma votação de 70% a favor da greve e 30% contra. Amauri Gumiero de Lara, presidente da entidade, disse que durante a votação ficou claro que não haveria maneira de conseguir encerrar a greve. “Na realidade, o pessoal não está acreditando no governador, mesmo porque não saiu nada por escrito. Eles também reclamam que não foi aberta negociação direta com o sindicato. Teve uma reunião com os reitores, que foi uma reunião administrativa, não de negociação de greve”, disse. Outro sindicato da Unicentro, que representa apenas professores, faz assembleia na segunda-feira (2).
A Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e a Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) terão assembleias na próxima semana.
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