A queda populacional está provocando também a queda na arrecadação de vários municípios do Paraná. É o que mostra reportagem da Gazeta do Povo. Pelo quarto mês consecutivo, as 399 prefeituras do Paraná registraram queda no recebimento repasse das parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Este fundo repassa recursos do governo federal às prefeituras a cada dez dias e é calculado pelo número de habitantes.

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A situação se agravou, porque o dinheiro que chegou até os cofres da prefeitura na parcela paga nesta semana veio com um decrescimento médio de 38%. Em alguns casos a queda atingiu 80%.

O problema está fazendo com que os prefeitos adotem medidas cautelosas quanto aos gastos das administrações. Muitos já admitem que não será possível pagar a folha deste mês até o dia 30, e outros falam em demissões de servidores contratados para cargos em comissão. O atraso no pagamento de fornecedores é uma medida já adotada desde junho por praticamente 70% das prefeituras do Paraná.

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O prefeito de Tomazina, Luiz de Farias (PMDB), que também preside a Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi), diz que se não for colocado em prática um plano para enfrentar a crise, as prefeituras do interior terão dificuldades em fechar as suas contas no fim do ano.

O prefeito toma como exemplo o próprio município, que deveria ter recebido neste mês R$ 45 mil do Fundo, mas apenas R$ 9 mil chegaram aos cofres da prefeitura, porcentual de queda bem acima dos 37% da média projetada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Para o presidente da Amunorpi, o tratamento frio que o governo federal dispensa aos municípios se reflete na situação caótica que algumas prefeituras estão passando desde julho. "Essas quedas estão acontecendo todos os meses e, praticamente, inviabilizando nossas administrações. O governo (federal) deveria pensar na divisão do bolo a partir dos municípios", explica.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo