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Monomotor caiu em uma fazenda de sementes, perto do aeroporto de Ponta Grossa: laudo de peritos sobre o acidente deve sair em 90 dias. | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Monomotor caiu em uma fazenda de sementes, perto do aeroporto de Ponta Grossa: laudo de peritos sobre o acidente deve sair em 90 dias.| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

Um avião monomotor caiu às 10h35 de ontem, perto do Aeroporto Sant’anna, em Ponta Grossa. O acidente matou o piloto Paulo César Duarte, de 51 anos, e do empresário Ronaldo Lopes Canteiro, 57. Sobreviveu à queda a passageira Renata Canteiro, de 29 anos, filha do empresário morto. Ela teve traumatismo craniano e dorsal, está internada na Santa Casa de Misericórdia e se recupera bem.

Presidente da empresa Embaquim, com sede na capital paulista, Canteiro autuava no ramo de produção de embalagens e tinha uma reunião em Carambeí, vizinha a Ponta Grossa. O avião Piper modelo Comanche C, prefixo PT-DON, saiu de São Paulo. Duarte era natural de Itapetininga (SP), para onde o corpo foi levado na noite de ontem.

Canteiro, com politraumatismo, chegou a receber socorro e foi levado ao Hospital Bom Jesus, onde morreu às 11h45. Duarte tinha um sobrinho em Ponta Grossa, Dimas Miranda, que identificou o corpo no Instituto Médico-Legal. Ele contou que o piloto, reformado da Aeronáutica, e o empresário eram amigos e que a aeronave pertencia a Canteiro, que tinha brevê (habilitação para pilotar).

Peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos passaram a tarde toda no local do acidente – uma fazenda de sementes, a menos de 1 km do aeroporto. O laudo sobre as causas da queda deve sair em até 90 dias. Técnicos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil também analisaram os destroços da aeronave.

O instrutor do Aeroclube de Ponta Grossa Gregory Senger presenciou o acidente. Ele conta que o avião entrou no circuito de pouso do aeroporto pela cabeceira errada e que, ao deparar com outra aeronave em manobra, arremeteu para tentar pousar corretamente. Senger disse que ouviu o motor "pipocar", indicando possível pane mecânica. Mas o monomotor não conseguiu ganhar altitude suficiente e o piloto teria tentado pousar, supõe o instrutor, na única área descampada próxima. O terminal, que não é utilizado para vôos regulares, é rodeado por casas de duas vilas da cidade.

Pelo rádio, os pilotos não ouviram Duarte anunciar que precisava fazer um pouso de emergência. Alisson Margraf, também instrutor do aeroclube, voava no momento da tentativa de pouso e conta que tentou contato com Duarte várias vezes, para perguntar se ele não comunicaria a tentativa de pouso. O piloto paulista teria respondido que estava em procedimento de aterrissagem. "Pela voz, dava para perceber que algo estava errado", relata.

Outro caso

Foi a segunda queda de avião registrada no Paraná nesta semana. No domingo, um monomotor que decolou de Sonora (MS) rumo a Arapongas caiu no pátio da escola municipal Ilda Campano Santini, em Paranavaí, por volta das 10h50, matando os cinco ocupantes. Ninguém estava próximo ao local da queda. Entre os ocupantes da aeronave, estavam três membros da família Romera, tradicional em Arapongas. Peritos recolheram peças do avião para analisar as causas da queda.

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