Aeronave do Exército cai no Rio e deixa dois feridos
São paulo - Um helicóptero Esquilo, do Exército, também caiu na manhã de ontem, na base aérea de São Pedro da Aldeia (a 138 km do Rio de Janeiro). De acordo com o Comando Militar do Leste, o acidente ocorreu por volta das 9h45, quando a aeronave fazia um exercício de pilotagem tática. Os dois tripulantes, um major e um tenente, tiveram escoriações moderadas. Eles foram medicados na própria base e levados para o Hospital Central do Exército, onde passaram por exames. Os militares permanecem em observação e não correm risco de morrer. Segundo o Comando Militar do Leste, será aberto um procedimento investigativo aeronáutico para apurar as causas do acidente no Rio.
Folhapress
São Paulo - O cinegrafista Alexandre da Silva Moura, da Rede Record, continuava internado em estado grave na noite de ontem, com ferimentos por todo o corpo, depois que o helicóptero onde estava caiu de uma altura de cerca de 50 metros, na manhã de ontem, na pista de corrida do Jockey Club de São Paulo. O piloto Rafael Delgado Sobrinho, 45, morreu na hora.
O acidente ocorreu por volta das 7h30, quando a equipe filmava cenas de um assalto. A aeronave apresentou problemas quando sobrevoava a região da Marginal Pinheiros. A câmera de um helicóptero da Rede Globo que estava na mesma região flagrou o momento do acidente. O helicóptero da Record começou a girar em torno de si, soltou uma fumaça e caiu verticalmente.
Antes de cair, Delgado disse ao piloto de helicóptero Dato de Oliveira, da Globo, que estava com pane no rotor da cauda (que movimenta a hélice traseira) e tentaria fazer um pouso de emergência. Oliveira pousou no Jockey logo após o acidente. Para evitar uma explosão, ele desceu e desligou o motor do helicóptero acidentado. Médicos do Jockey socorreram o cinegrafista.
Investigações
Militares do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáutico (Seripa 4) e policiais civis estiveram no local para iniciar a apuração sobre as causas do acidente. "Não podemos concluir nem descartar nada. Pode ter sido uma falha mecânica, um problema no rotor da cauda, uma imperícia, uma rajada de vento, tem muitos fatores que temos de levar em conta", afirmou o tenente-coronel Ricardo Beltran Crespo, chefe do Seripa 4. A Aeronáutica tem um ano para concluir as investigações.
O presidente da Associação de Pilotos de Helicópteros de São Paulo, Cleber Teixeira Mansur, disse não ter dúvidas de que o acidente foi causado pela falha no rotor da cauda. "Ficou muito claro nas imagens. Mas não é muito comum. É a mesma coisa que você estar dirigindo um carro e de repente quebrar a barra de direção", comparou. Para o militar e para o presidente da associação, o piloto Delgado deve ser considerado um herói porque evitou que o helicóptero caísse sobre área habitadas ou em vias públicas.
A Helibras, fabricante do helicóptero Esquilo AS-350 BA, informou que a aeronave que caiu foi fabricada em 1994 e comprada pela Record em 1997. O helicóptero tinha 7.943 horas de voo e passou por manutenção no dia 18 de janeiro.
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