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Cleriston Pereira da Cunha, que faleceu nesta sexta-feira (20), deixa esposa e duas filhas
Cleriston Pereira da Cunha, que faleceu nesta sexta-feira (20), deixa esposa e duas filhas| Foto: Reprodução/ Facebook

Clériston Pereira da Cunha, conhecido como "Clezão", que estava preso na Papuda, em Brasília, por suspeita de envolvimento nos atos de vandalismo no dia 8 de janeiro, morreu nesta segunda-feira (20). Ele deixa a esposa e duas filhas. O empresário era irmão do vereador Cristiano Pereira da Cunha (PSD), do município de Feira da Mata, no Oeste da Bahia.

A defesa de Clériston informou que ele teve um infarto fulminante, mas ainda não há um laudo sobre a causa da morte. Segundo os advogados, o réu tinha vários problemas de saúde, como diabetes e hipertensão, e tomava remédios controlados. O caso é apontado pela defesa como uma “tragédia anunciada”.

Em maio, os advogados haviam pedido a soltura dele com base no quadro clínico. No final de agosto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer recomendando a liberdade provisória do réu mediante medidas cautelares, por apresentar comorbidades. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda não havia analisado o pedido.

Clériston tinha 46 anos, morava no Distrito Federal e foi preso em flagrante no Senado no dia 8 de janeiro. Segundo a defesa, ele foi preso “sem saber dos atos ilícitos de vandalismo que ocorriam e sem participar dos crimes que lhe foram atribuídos”.

O réu foi denunciado pela PGR pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia foi aceita pelo STF, mas ainda não havia sido julgada pela Corte.

Nas petições, as quais a Gazeta do Povo teve acesso, os advogados alertavam sobre a situação de saúde do empresário e apontavam a “situação insalubre e degradante” do sistema carcerário onde o réu se encontrava preso.

Sobre a grave condição de saúde do réu, os advogados alertaram, no dia 27 de fevereiro, que ele fazia uso de medicação diária de 12 em 12 horas, “pois corre risco de morte em caso de não utilizar os fármacos, e desde que está preso não tem se medicado, correndo risco iminente de sofrer um mal súbito”.

Após a morte declarada, na manhã desta segunda (20), a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape/DF) informou que o rapaz “era acompanhado por equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde localizado na própria unidade prisional desde a entrada na unidade em 09/01/23”.

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