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Fachada do Ministério da Educação
Fachada do Ministério da Educação na esplanada em Brasília.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já começou a articular a sua equipe ministerial no próximo governo de 2023 a 2026. Vários nomes começam a ser cotados, assim como a parceria e as articulações com apoiadores e partidos políticos.

A responsabilidade de definir nomes para o Ministério da Educação, está a cargo do Fernando Haddad (PT), ex-ministro da pasta no governo petista. As indicações serão repassadas ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), nomeado o coordenador da equipe de transição.

Haddad se reuniu com representantes de institutos, fundações e ex-colaboradores do MEC, na última terça-feira (8), para discutir prioridades do futuro governo na área. Alguns possíveis nomes para assumir a pasta na próxima gestão participaram da reunião e foram informados pela assessoria de Haddad à Gazeta do Povo.

Apoiadores de Lula apontam que os futuros ministros devem ser definidos até o final da próxima semana para garantir a troca de informações entre os ministérios e a futura gestão.

Veja abaixo os nomes cotados ao Ministério da Educação:

Priscila Cruz - Todos pela Educação

A cofundadora e presidente do ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz aparece como um dos principais nomes cotados para assumir o Ministério da Educação. Mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School of Government, Priscila também é graduada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e em Direito pela Universidade de São Paulo (USP).

Bastante crítica as ações do governo Bolsonaro na educação, a presidente da ONG também não mede a ofensiva contra o ensino domiciliar. Em um evento do PT, realizado em outubro deste ano, a diretora destacou que o homeschooling é “colocar as crianças em casa, totalmente à mercê de violência, de abuso, de trabalho infantil, de milícias”.

Após a primeira reunião de transição na área, nesta terça-feira, Priscila escreveu no Twitter: "Voltamos a pensar políticas públicas, embora pessoas e visões diferentes, há muita convergência". Segundo ela, "há saídas factíveis, já testadas no Brasil e com forte evidência de resultados" para os desafios monumentais.

Neca Setubal - Fundação Tide Setubal

Maria Alice Setubal, mais conhecida como Neca Setúbal, umas das herdeiras do grupo Itaú e reconhecida por anos de atuação na educação aparece na lista dos possíveis nomes para a pasta.

Graduada em ciências sociais pela USP, mestre em ciência política e doutora em psicologia pela PUC, Neca Setubal é presidente do Conselho Consultivo da Fundação Tide Setubal, uma ONG que oferece cursos e projetos culturais em São Miguel Paulista, na cidade de São Paulo.

Em algumas entrevistas, Neca apontou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) como o responsável por um "desastre" no ensino público e disse que o Brasil retrocedeu mais de 10 anos na área.

Daniel Cara - professor e pesquisador da USP

Doutor em Educação (USP) e mestre em Ciência Política (USP), Daniel Cara também é um dos cotados para o ministério. Filiado ao PSOL, ele é coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e membro do Fórum Nacional de Educação.

O professor se destacou como um forte opositor as políticas implantadas pelo presidente Jair Bolsonaro na educação. Segundo Daniel Cara, o Brasil enfrentou um "retrocesso" na educação pública e um "aniquilamento orçamentário" na pasta sob a gestão de Bolsonaro.

Cara fez inclusive duras críticas a intervenção nas universidades, em projetos como escola sem partido, ao homescholling e a escola cívico-militar, uma das vitrines do governo Bolsonaro na área da educação. Ele defende a revogação do teto de gastos na gestão pública e alega que é possível melhorar a infraestrutura escolar com o investimento de R$ 20 bilhões a mais por ano na Educação, que já tem um dos maiores orçamentos no Governo Federal.

Isolda Cela - governadora do Ceará (PT)

Outro nome que vem sendo indicado por petistas para a Educação, é o da governadora do Ceará, Isolda Cela. Um dos fatores que contribuem para a escolha de Izolda, de acordo com a coluna Painel, é que o fato do Estado do Ceará ser exemplo na área da educação e por ela ser mulher e nordestina.

Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a professora e psicóloga, Isolda foi a primeira mulher a assumir o governo do estado. Já foi filiada ao PT, PROS e atualmente, está filiada ao PDT.

Isolda integrou a Secretaria de Educação do Município de Sobral-CE de 2001 a 2003, um dos municípios que é referência como o melhor ensino do país.

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