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Registro de uma superlua em agosto de 2014, nas montanhas de Dolomiti em Levico Terme, perto de Trento, no Norte da Itália | GIUSEPPE CACACE/AFP
Registro de uma superlua em agosto de 2014, nas montanhas de Dolomiti em Levico Terme, perto de Trento, no Norte da Itália| Foto: GIUSEPPE CACACE/AFP

Para os apreciadores da astronomia, a próxima segunda-feira (14) será especial. A lua cheia estará na sua maior aproximação com a Terra desde 1948. E quem perder o fenômeno, só terá nova oportunidade em 2034. Pensando nisso, o fotógrafo Bill Ingalls, que já rodou o mundo registrando eventos para a Nasa, dá dicas para fotógrafos amadores aproveitarem o raro momento.

A primeira dica é conseguir referências. Fotografar apenas a superlua no céu não fornece informações visuais suficientes para diferenciá-la de uma Lua cheia qualquer, apenas com o zoom mais potente. A ideia é buscar marcos em Terra, que deem a sensação de lugar.

“Certamente eu já fiz isso, mas todo mundo terá essa foto”, disse Ingalls, sobre a foto apenas com a Lua. “Em vez disso, pense em como tornar a imagem criativa. Isso significa conectá-la ao algum objeto em terra”, sugere.

Para isso, o fotógrafo sempre se posiciona em ângulos que o permitam capturar monumentos na capital americana, Washington. E isso requer planejamento. Ele usa aplicativos como o Google Maps para encontrar o ângulo perfeito, para a hora exata. Outra dica é visitar o local escolhido um dia antes, conseguir permissões para o telhado de prédios ou viajar para áreas remotas para fugir da poluição luminosa.

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Se nenhuma dessas opções for possível, Ingalls recomenda trabalhar com o que for possível. Como exemplo, ele cita um episódio em que visitou o Parque Nacional Shenandoah, em 2009, para fotografar o cometa Lulin. “Eu tinha apenas o equipamento básico, e vi muitas pessoas com telescópios fazendo imagens que eu nunca poderia fazer. Então, o que eu poderia fazer de diferente?”, lembrou.

A solução foi posicionar as lentes entre árvores e usar a luz vermelha da máquina para pintar a floresta com longa exposição. O resultado foi tão bom que foi escolhido pela “National Geographic” como um das dez melhores imagens do espaço naquele ano. Outra dica é transformar o evento numa atividade com amigos e familiares.

“Eu acho que seria muito divertido fazer isso com as crianças, e nada mais, apenas para fazê-las testemunharem o fenômeno e aprenderem sobre o que está acontecendo”, recomendou Ingalls. “Existem muitas fotos ótimas com pessoas parecendo que estão segurando a Lua com as mãos e coisas desse tipo”.

Para quem for usar smartphones, o resultado pode não ser tão bom, mas isso depende de quem estiver olhando. Para Ingalls, por exemplo, que trabalha como fotógrafo da Nasa há mais de 25 anos, usar o celular pode ser frustante. “Você não vai conseguir uma Lua gigante na sua foto, mas você pode tentar algo mais panorâmico”, diz.

O fenômeno

De acordo com o Observatório Nacional, a aproximação máxima da Lua com a Terra vai acontecer às 9h21 pelo horário de Brasília, quando o satélite estará a 356.509 quilômetros da Terra. Mesmo assim, em qualquer momento em que a Lua aparecer no céu entre domingo e segunda-feira, ela parecerá maior que o normal.

O nome superlua foi dado pelo astrólogo Richard Nolle há 30 anos e define o Perigeu, que é a maior aproximação da lua com a Terra, que pode ocorrer nas fases cheia ou nova – ou até 90% próxima desse ponto. Mas, é a superlua que ocorre na lua lheia que é mais interessante, uma vez que podemos vê-la e mais brilhante do que de costume. “Se o tempo estiver bom, qualquer momento entre o nascer e o por da lua será favorável para observar nosso satélite natural tão encantador”, diz Josina Nascimento, responsável pelos cálculos e edição do anuário do Observatório Nacional.

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