Kleber Ribeiro também filmou pichações nas paredes da Unifesp com apologia ao ditador comunista, Josef Stálin, e ao Partido Comunista Brasileiro (PCB)| Foto: Arquivo/Kleber Ribeiro
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Militar da reserva e ativista político da direita, o jovem Kleber Ribeiro foi agredido por alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Guarulhos (SP), ao exibir a bandeira de Israel durante um evento pró-Palestina realizado nas dependências da universidade, na quarta-feira (20).

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Kleber foi empurrado, enforcado e ameaçado pelos estudantes que o expulsaram do local. Kleber não é aluno da Unifesp, mas disse ter sido convidado por alunos que não concordam com a defesa do terrorismo do Hamas feita por parte da comunidade acadêmica.

“Eles vieram para cima, queriam me matar. Eu me senti como os judeus em 1945 fugindo do nazismo”, relatou Kleber ao conversar com a Gazeta do Povo, nesta sexta-feira (22).

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No registro feito por Kleber é possível ver o momento em que ele entra da sala de aula onde ocorria o evento pró-Palestina e exibe a bandeira de Israel, mas é interrompido de imediato com gritaria, insultos e empurrões.

Durante as agressões, os estudantes tentaram tomar a bandeira de Kleber, que contava com o apoio de um amigo para gravar a confusão.

"O nazismo começou assim, anestesiando a moral e corrompendo a ética, e achando que tudo é normal até algo anormal", disse Kleber ao publicar o vídeo das agressões na rede social X.

Antes de entrar no evento, Kleber filmou pichações nas paredes da universidade com apologia ao ditador comunista, Josef Stálin, e ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).

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Arquivo/Kleber Ribeiro
Arquivo/Kleber Ribeiro

Após o ocorrido, Kleber foi associado ao Movimento Brasil Livre (MBL). À Gazeta do Povo, Kleber disse que não tem ligação com o MBL ou com qualquer partido político.

Em suas redes sociais, Kleber exibe fotos ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e produz vídeos com denúncias relacionadas ao município de Guarulhos, e vídeos em que é agredido, em diversas ocasiões, por esquerdistas.

Kleber informou à Gazeta que procurou a polícia após a confusão na Unifesp e que o caso será investigado.

Procurada pela Gazeta do Povo, a Unifesp disse que Kleber “adentrou no Campus Guarulhos interrompendo e prejudicando o andamento de uma atividade acadêmica” e que está apurando o caso.

Leia a nota da Unifesp na íntegra

A Universidade Federal de São Paulo informa que no dia 20 de março um membro externo à comunidade universitária adentrou no Campus Guarulhos interrompendo e prejudicando o andamento de uma atividade acadêmica. A Reitoria em conjunto com a Direção do Campus estão tomando as medidas cabíveis junto às autoridades competentes para apuração dos fatos e encaminhamento das providências

A Unifesp reitera que é um espaço para discussão ampla e irrestrita de diferentes pontos de vista acerca de temas diretamente ligados ao cotidiano social e não aceita quaisquer formas de violência, constrangimento à livre manifestação de pensamento ou perturbação do ambiente acadêmico. 

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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