A Consilux Consultoria e Construções Elétricas foi declarada ganhadora do processo de licitação para escolha da empresa que vai instalar e operar os radares em Curitiba. A empresa, que opera os radares desde 1998 na cidade, foi a única aprovada na fase de avaliação técnica. Ontem foi aberto o envelope com a proposta de preço da Consilux. As demais licitantes não puderam ter as propostas reveladas. Segundo a diretora de Trânsito de Curitiba, Rosângela Batistella, o contrato deve ser assinado em 2 de fevereiro e os radares começarão a ser instalados e a multar em março.
Outras seis e mpresas estavam inscritas, mas não obtiveram a nota mínima na avaliação técnica, em dezembro. Elas têm cinco dias para recorrer e mais cinco para apresentar suas razões. Mas, segundo Rosângela, o recurso não vai alterar o resultado da licitação. O contrato só será elaborado depois desses prazos e firmado entre a Consilux e a Urbs.
O valor total por mês do contrato será de R$ 725 mil, um desconto de 34% em relação ao preço máximo em edital, de R$ 1,096 milhão. Até que todos os equipamentos estejam funcionando, a Consilux vai receber proporcionalmente ao número de radares ligados. A empresa vai instalar e operar por dois anos, prorrogáveis por mais cinco, 70 equipamentos para medição de velocidade e outros 70 que também registram avanços no sinal, parada sobre a faixa de pedestres e conversões proibidas.
Antes do desligamento dos radares, em dezembro, a prefeitura desembolsava R$ 807 mil por mês. O número dos equipamentos era inferior (110) e eles só flagravam o excesso de velocidade.
A empresa Splice Indústria e Serviço, reprovada na fase técnica, pode recorrer. "A possibilidade de mudar o resultado com recurso administrativo é muito pequena. Estamos estudando se é necessário entrar na Justiça. Só queremos isonomia de julgamento. Con-sideramos que a Consilux teve problemas em um dos testes, o que lhe renderia a desclassificação, mas isto foi desconsiderado pela comissão", argumenta a empresa.
Curitiba está sem radares funcionando desde o fim do ano passado, quando a Justiça determinou o desligamento dos aparelhos. O Ministério Público havia solicitado a interrupção do serviço por considerar ilegal a extensão do contrato com a Consilux, que operava o sistema desde 1998. Segundo a Justiça, só com a nova licitação seria possível retomar a fiscalização.
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