A Secretaria de Trânsito (Setran) vai usar a tecnologia para flagrar os caminhões que circulam na Linha Verde e congestionam o trânsito, mesmo que a presença desses veículos em dias úteis durante os horários de pico da manhã, entre 7h e 10h, e da noite, entre 17h e 20h, seja proibida desde setembro de 2011. A partir do dia 28 de outubro, os 12 radares que estão instalados na via irão fiscalizar e multar quem desrespeita a determinação. A partir da captação da imagem das placas, os equipamentos irão cruzar essas informações com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o que fará com que dados de caminhoneiros de todo o Brasil sejam fiscalizados. Quatro agentes continuarão presentes nos inícios dos pontos com a proibição de circulação: no sentido Sul-Norte, o trecho vai da Rua Nicola Pelanda até a Estrada da Graciosa e, no Norte-Sul, da Estrada da Ribeira até a Rua João Chede.
Apesar de a proibição já existir há mais de dois anos, o sistema dos radares só começará a ser utilizado agora, depois que a Setran garantiu que o serviço não geraria custos à Prefeitura. "O contrato da empresa terceirizada não previa o uso dos equipamentos para essa função antes, mas isso foi solicitado a ela", conta o diretor de fiscalização da Setran, Éder Rodrigues.
Multas
O número de multas aplicadas pelos agentes de trânsito por causa de motoristas que desrespeitam a proibição é grande. De janeiro a setembro de 2013, 4.779 infrações foram constatadas. A irregularidade, de categoria média, gera multa de R$ 85,13 e, no total, foram arrecadados R$ 406.836,27.
A arrecadação, no entanto, não é o objetivo da medida, de acordo Rodrigues. "Queremos que os caminhoneiros sigam as regras. Além da questão da proibição de transitar pela Linha Verde durante os horários de pico, eles podem apenas utilizar a pista da direita em todos os horários, o que também será fiscalizado pelos radares", comenta.
Segundo o diretor de fiscalização, os equipamentos vêm para ajudar o trabalho dos agentes que atuam hoje em dia na região e que chegam a constatar até 500 infrações por mês, mas não conseguem anotá-las. Eles continuarão vitais para o bom funcionamento da via. "Além de orientarem os motoristas, os agentes terão que verificar todos os autos emitidos pelos radares. Só aquilo que estiver dentro da lei será posto em prática", garante.