O radialista Roque Saldanha foi preso na sexta-feira (20), em Colatina, no Espírito Santo, após quebrar a tornozeleira eletrônica e de ter chamado de "safado e pilantra" o ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por participação dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Saldanha foi preso no ano passado por incitar “atos violentos e atentatórios ao Estado Democrático” pelas redes sociais. Um mês depois, foi solto sob a condição de cumprir medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica e a proibição de sair do município de Governador Valadares, em Minas Gerais.
No dia 28 de novembro, porém, o radialista fez um vídeo exibindo o equipamento de monitoramento eletrônico quebrado e com ofensas a Moraes. No vídeo, Saldanha diz que rompeu a tornozeleira porque ela estava esquentando muito, com risco de feri-lo caso não fosse retirada.
No dia seguinte à circulação do vídeo nas redes sociais, Moraes determinou a prisão imediata do radialista. Desde então, Saldanha estava foragido.
Saldanha é natural do município de Carlos Chagas (MG). Em 2022. O radialista foi candidato ao cargo de deputado federal por Minas Gerais, pelo PSC, mas não conseguiu ser eleito.
Ao g1, o advogado João Carlos de Faria Soares, que atua na defesa de Saldanha, confirmou a prisão. Segundo ele, Saldanha foi preso por descumprir as medidas cautelares, e não por causa do vídeo.
"Ele desobedeceu. Ele não poderia sair da cidade e saiu. Ele não poderia divulgar vídeo, ele divulgou, entre outras coisas. Se eu me recordo, são 57 notificações que o ministro Alexandre Moraes citou na prisão", disse ele ao portal.
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