Depois de quatro dias internado, o cantor Rafael Ilha, de 36 anos, deixou às 16h05 desta sexta-feira (23) o Hospital São Luiz, na Zona Sul de São Paulo. Ele saiu em uma ambulância, dormindo e coberto até o pescoço. Ilha foi hospitalizado após se ferir com um caco de vidro.
De acordo com o psiquiatra dele, Aloísio Priuli, Ilha segue para a clínica de reabilitação New Life, em Embu Guaçu, na Grande São Paulo. A clínica pertence a um amigo do cantor. "Ele vai tomar antibiótico por mais quatro dias e depois vai tomar os antidepressivos e os estabilizadores de humor", afirmou o psiquiatra, que cuida do paciente há dez anos.
Priuli defende que o ex-integrante do grupo Polegar só teve um "surto psicótico" na terça porque parou de tomar os remédios por conta própria. "O Rafael resiste bastante à medicação. Ele só teve essa crise porque suspendeu os remédios".
Transtorno bipolar. Esse é o diagnóstico que Priuli faz do cantor, que tem histórico de passagens pela polícia e por consumo de drogas. "É um transtorno de humor. A pessoa pode ter delírio ou não. É a psicose maníaco-depressiva que dá esse descontrole", contou o médico, que acompanhou o paciente de dentro da ambulância.
Ilha foi encontrado na terça-feira à noite sangrando dentro do elevador do prédio onde mora sua avó, no Morumbi. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 89º DP (Portal do Morumbi), o rapaz estava "consciente, de pé, com um pedaço de vidro na mão esquerda enfiado no pescoço e com um garfo na mão direita, aparentando estar sob influência de entorpecente".
Os policiais relataram na delegacia que ele dizia a frase "eu vou me matar". Os policiais negociaram com ele durante cerca uma hora e Ilha aceitou jogar no fosso do elevador o garfo e o vidro.
Clínica
A clínica New Life pertence a Marcelo Miceli, 36, que disse ter Ilha como seu "colaborador" há cinco meses. "Aqui ele trabalha com o acolhimento. Quando o paciente chega, faz a recepção dele", contou Miceli nesta sexta, em entrevista por telefone.
De acordo com ele, a New Life recebe pessoas que não aceitam o tratamento. "Os pacientes chegam por remoção ou resgate. Por o Rafael contar a experiência dele, as pessoas acabam aceitando o tratamento", contou o empresário, que comprou a clínica que Ilha tinha também em Embu-Guaçu.
Lá, de acordo com Miceli, ficam os pacientes com problemas de alcoolismo e distúrbios mentais. Na segunda filial da New Life, também localizada em Embu-Guaçu, onde ficará o ex-integrante do Polegar, estão pessoas com histórico de uso de drogas.
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