Luma de Oliveira voltou à Sapucaí depois de três anos, Luiza Brunet mostrou seu carisma pela 25a vez na avenida e uma funkeira "popozuda" ganhou o público ao rebolar com as mãos nos joelhos.
As bajuladas rainhas de bateria das escolas de samba brilharam intensamente na noite de segunda-feira nos desfiles do Carnaval do Rio de Janeiro, atraindo multidões de fãs, fotógrafos e seguranças por onde passavam no sambódromo.
"A rainha de bateria é a embaixatriz da escola. É ela que tem a responsabilidade de representar a comunidade e levantar o público para a entrada do coração da escola", disse a jornalistas a modelo Luiza Brunet, da Imperatriz Leopoldinense, que em 25 anos de avenida desfilou pela 24a vez como rainha.
Apesar de desfilar numa das posições de maior prestígio do Carnaval, a rainha de bateria não soma ponto algum para sua escola na avaliação dos jurados. No entanto, nenhuma escola deixa de se preocupar bastante com ela.
Ao contrário dos demais componentes, elas podem chegar à Sapucaí a poucos minutos de entrar na avenida. Suas fantasias são retocadas com todo cuidado já na concentração e, durante o desfile, um grande espaço é aberto entre as alas para que elas se tornem o centro das atenções.
"Hoje toda menina quer ser rainha de bateria. É uma posição que desperta um fascino muito grande", acrescentou Luiza, que atravessou a Sapucaí com vigor apenas dois dias depois de ter passado mal. Ela sofreu uma queda de pressão e acabou desfalcado o desfile da Rocinha, na divisão de acesso, do qual participaria.
Rainha de bateria pela primeira vez, a cantora e dançarina de funk Valesca "Popozuda" Santos, da Porto da Pedra, abriu a noite das rainhas de forma inovadora. Ao som da bateria da escola, Valesca não economizou nos passos do ritmo que a fez famosa, para delírio dos fãs da música-hit nas favelas da cidade.
Valesca, que disse ter como modelo de rainha de bateria Viviane Araújo, do Salgueiro -- que mais uma vez brilhou na passarela com charme e sensualidade também nesta madrugada -- aprendeu a dançar funk antes de sambar, mas não decepcionou em sua primeira apresentação na Sapucaí.
"Foi maravilhoso, funk e samba têm tudo a ver. Agora os dois moram juntos no meu coração", disse Valesca, cuja participação, no entanto, não foi aprovada por um mestre do samba, Carlinhos de Jesus.
"A rainha de bateria tem que ter uma história com o samba e com a comunidade. Não pode uma moça sem tradição nenhuma no samba ocupar uma posição tão importante", disse ele à Reuters.
História no Carnaval é algo que não falta para a modelo Luma de Oliveira, da Portela, que voltou à Marques de Sapucaí, depois de três anos afastada da passarela.
Protegida a todo instante por integrantes da Portela, escola pela qual desfilou pela primeira vez, aos 16 anos, Luma estava acompanhada do filho Thor, 17, que incentivou a mãe a voltar a desfilar e a acompanhou atento pela passarela.
"Se eu fiquei três anos fora é porque não estava me sentindo à altura da avenida. Esse para mim é um lugar sagrado. Agora, na Portela, acho que chegou a hora certa de voltar", disse Luma, de 44 anos, que desfilou vestida de rosa, com um enorme laço azul nas costas. A ex-modelo voltou a usar uma coleira no sambódromo, como a que utilizou em 1998 com o nome do ex-marido, o empresário Eike Batista. Desta vez, trazia o nome dos filhos, Thor e Olin.
Mas nem todos na Sapucaí veem as rainhas da mesma forma. Para o estudioso de Carnaval Hiram Araújo, "elas são só para a mídia. Na frente da bateria teria que vir o estandarte da escola."
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