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Almirante Tamandaré

Rapaz denuncia policiais militares por abuso de poder

O comando da Polícia Militar vai investigar se houve abuso de poder por parte de quatro policiais militares que fizeram uma abordagem em João Anderson dos Santos, de 27 anos, na quarta-feira passada, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba. "A denúncia já está formalizada e agora começa a investigação. O abuso é prática condenável na Polícia Militar e se esta conduta for provada, os policiais envolvidos serão responsabilizados", disse o tenente-coronel Marcos Teodoro Scheremeta, comandante do 17.º Batalhão da PM.

No dia da abordagem, Santos levou a irmã até a casa do pai da filha dela, em Almirante Tamandaré, e ficou no carro esperando com um amigo. Depois de meia hora, por volta das 21h30, quatro policiais chegaram em uma viatura e abordaram os dois. Durante a revista, a carteira de Santos caiu e o dinheiro e documentos ficaram espalhados no chão. Ele conta que um dos policiais o mandou catar "este lixo". "Respondi que aquilo não era lixo. Eram os meus documentos, o que me identificava. Daí me deram uma ‘gravata’ e começaram a me bater e me xingar", conta.

Santos teria sido algemado e levado para a 5.ª Companhia do 17.º Batalhão. "Continuaram me espancando, dando socos e pontapés. Minha irmã ligou para o meu tio e eles conseguiram me localizar. Fiquei lá até depois das 22h30", conta. O tio, policial militar aposentado e que prefere não se identificar, trabalhou na PM durante 30 anos. Ele diz que quando soube onde o sobrinho estava, ligou e se identificou como PM aposentado. "Eles comentaram que haviam cometido um erro e que o rapaz era sobrinho de policial. Fiquei desapontado. Um policial não pode agir assim. A família inteira está revoltada."

O advogado de Santos, Artur Gabriel Ferreira, acredita que os policiais usaram o desacato como desculpa para encobrir a tortura. "Isto é tortura física e moral. Os policiais não agiram corretamente e quiseram encobrir a agressividade", diz o advogado. Santos fez exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML), tirou uma radiografia para comprovar uma fratura no nariz e protocolou um termo de declaração junto ao comando da PM.

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