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Na noite de segunda-feira, poucas horas antes de morrer, o estudante e empresário Francisco Santos Neto fez os mesmos programas que costumava fazer em Curitiba. Dono de uma empresa de importação e exportação de equipamentos de informática, Neto foi até o restaurante Taj, no bairro Batel, por volta das 21 horas. Segundo o gerente Rodrigo Vieira, ele não entrou e saiu com mais dois amigos. Vieira disse que era comum o rapaz frequentar o local.

Neto dirigiu-se então com os amigos até a lanchonete Waldo X-Picanha, a algumas quadras dali. O garçom Osvaldo de Paula lembra que o grupo chegou pouco depois das 22 horas. Em uma mesa externa, próxima da rua, Neto, dois amigos e uma garota foram atendidos. Simples e solícito, Neto cumprimentava os funcionários, segundo o garçom, e pagava a conta de quem estivesse com ele. "Ele sempre vinha acompanhado de amigos. Nunca causaram problemas; era só alegria. Nunca o vi beber nada alcoó­lico e causar confusão", contou. Na noite de segunda-feira, seu pedido foi um refrigerante. A certa altura, que o garçom não soube precisar, os jovens saíram em um carro. Para sua surpresa, quando o bar fechou, por volta das 2 horas da madrugada, o Honda Civic branco de Neto continuava estacionado em frente do estabelecimento.

Ana Alves de Luca, 60 anos, moradora da Rua Angelo Sam­­paio, conta que seu sono foi interrompido pelo barulho de uma buzina. Ao olhar pela janela, percebeu que um Honda Civic tinha batido em uma árvore, do outro lado da rua. O som alto durou cerca de 15 minutos, até o Siate chegar. Neto morava na Avenida Água Verde, quase na esquina com a Ângelo Sampaio, e estava indo para casa quando foi baleado. Os amigos acreditam que ele tenha morrido em uma tentativa de roubo.

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