Altônia Um rapaz com aparente distúrbio mental protagonizou momentos de tensão e terror no começo da noite de quinta-feira em Altônia (Região Noroeste). Depois de assassinar o próprio pai, Manoel Ferreira, 67 anos, o homem ateou fogo num mato perto da casa. Bombeiros e policiais que foram atender à ocorrência disseram que encontraram o rapaz em fúria e tentando impedir a entrada dos agentes na propriedade rural.
Segundo o sargento da Polícia Militar Sérgio de Melo Queiroz, depois de reagir com um facão e jogando tijolos e pedras nos policiais, o homem enfurecido correu ao redor da pequena mata e voltou à porteira, onde encontrou dois carros da polícia e uma ambulância dos bombeiros comunitários. Aproveitando as chamas próximas, ele pôs fogo nas duas viaturas (uma da PM e outra da Polícia Civil) e fugiu com a ambulância, que estava com a chave na ignição.
Ele dirigiu por 30 quilômetros até Iporã, percorreu um trevo na rodovia PR-323 na contramão e só não entrou na cidade porque a polícia não permitiu. A ambulância seguiu por uma estrada rural e, em Francisco Alves, o carro parou ao bater numa cerca. Só aí o rapaz foi preso. O sargento Queiroz disse que a polícia não atirou no motorista porque tinha conhecimento da deficiência dele. "A gente só tentou evitar que ele entrasse na cidade e fizesse mais vítimas. O carro chegou a atingir 120 quilômetros por hora."
O delegado de Altônia, Plínio Gomes Filho, disse que o acusado foi submetido ontem a uma avaliação psiquiátrica em Umuarama e nos próximos dias passará por exame de sanidade mental. Ele morava com o pai e outros três irmãos, também deficientes. Com a ocorrência, a polícia de Altônia acabou ficando sem viaturas.