Um rapaz com aparente distúrbio mental protagonizou alguns momentos de tensão e terror no começo da noite de quinta-feira (27) em Altônia (região Noroeste). Depois de assassinar o pai, Manoel Ferreira, 67 anos, o homem ateou fogo num mato perto da casa. Bombeiros e policiais que foram atender a ocorrência disseram que encontraram o rapaz em fúria e tentando impedir a entrada dos agentes na propriedade rural.
Segundo o sargento da Polícia Militar, Sérgio de Melo Queiroz, depois de reagir com um facão e jogando tijolos e pedras nos policiais, o homem enfurecido, correu ao redor da pequena mata e voltou à porteira, onde encontrou dois carros da polícia e uma ambulância dos bombeiros comunitários. Aproveitando as chamas próximas, ele pôs fogo nas duas viaturas (uma da PM e outra da Polícia Civil) e fugiu com a ambulância que estava com a chave na ignição.
Ele dirigiu por 30 quilômetros até Iporã (Noroeste), percorreu um trevo na rodovia PR-323 na contramão de direção, e só não entrou na cidade porque a polícia não permitiu. A ambulância seguiu por uma estrada rural e, em Francisco Alves (Noroeste), o carro parou ao bater numa cerca e o rapaz foi preso. O sargento Queiroz disse que a polícia não atirou no motorista porque tinha conhecimento da deficiência dele. "A gente só tentou evitar que ele entrasse na cidade e fizesse mais vítimas. O carro chegou a atingir 120 quilômetros por hora".
O delegado da PC de Altônia, Plínio Gomes Filho, disse que o acusado foi submetido na sexta-feira (28) a uma avaliação psiquiátrica em Umuarama (Noroeste) e nos próximos dias passará por exame de sanidade mental. Ele morava com o pai e outros três irmãos, também deficientes. Com a ocorrência, a polícia de Altônia acabou ficando sem viaturas, já que a destruição foi total.