O detento Mohammed D’Ali dos Santos, de 22 anos, foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio, na noite desta quarta-feira (14), em Aparecida de Goiânia (GO), após tentar matar o colega de cela com cerca de 10 facadas. Ele cumpre pena de 21 anos de reclusão, em regime fechado, no Presídio Estadual Odemir Guimarães, por esquartejar a inglesa Cara Marie Burke em julho de 2008, em Goiânia.

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A Polícia Civil informou que o motivo da tentativa de homicídio teria sido ciúmes, de acordo com depoimento preliminar que Mohammed prestou à polícia, no 2º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia. Na declaração, ele teria dito que a vítima tinha enviado uma mensagem para sua namorada, por meio de um aparelho celular.

A namorada de Mohammed, uma cabeleireira de 21 anos, teve um filho com ele em 23 de março de 2009. A gravidez aconteceu durante uma visita íntima no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia (GO), onde ele ficou preso até a data do julgamento. A criança nasceu prematura em uma maternidade particular na capital goiana.

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Jurado de morte

Ainda segundo a polícia, Mohammed teria dito que, caso o colega de cela consiga sobreviver, que vai tentar matá-lo novamente. Para evitar novos problemas disciplinares com Mohammed, Nélio Coelho, assessor geral da Superintendiência do Sistema Penitenciário (Susep) de Goiás disse que vai transferir o agressor para o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia. "Ele deverá ficar isolado em uma cela e receber punições pelo ocorrido, pois cometeu uma falta grave."

Coelho informou que foi instaurado um processo disciplinar para avaliar a conduta de Mohammed e uma sindicância apara investigar a presença de um celular e uma arma branca na cela.

Histórico violento

"Ele vendeu uma moto e comprou um revólver para me matar. Tenho medo dele porque meu irmão não sabe controlar o sentimento de raiva". Foi dessa maneira que Mohammed foi descrito pelo irmão mais velho, Bruce Lee dos Santos, durante o julgamento dele pela morte e esquartejamento de Cara Marie Burke.

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"O pai dele foi esquartejado", disse Jane Lúcia Souza Oliveira, tia de Mohammed durante depoimento no julgamento dele no ano passado. "O pai dele, que era policial, saiu para pescar e nunca mais voltou. O corpo dele foi encontrado esquartejado. Até hoje o crime não foi resolvido. Naquela época, Mohammed tinha apenas 2 anos", disse a tia.