O Corpo de Bombeiros de Goiás retomou os trabalhos de busca por partes do corpo da jovem inglesa Cara Marie Burke, 17 anos, no início da manhã deste sábado (2). A corporação está na região de Bonfinópolis (GO), que fica a cerca de 30 quilômetros de Goiânia. A operação começou na segunda-feira (28), quando o tronco da vítima foi encontrado em uma mala, em um rio na capital goiana.
Cara foi assassinada no sábado (26). O principal suspeito de ter cometido o crime, segundo a polícia, é Mohammed D'Ali Santos, 20 anos, que foi preso na quinta-feira (31). Os policiais que o prenderam gravaram uma confissão do rapaz e ainda uma tentativa de suborno. Ainda de acordo com a polícia, ele voltou a confessar que matou a jovem em depoimento formal, na sexta-feira (1º).
Neste sábado (2), de acordo com os bombeiros, Santos deve participar do trabalho de localização do restante do corpo da estrangeira, que teria sido jogado de uma ponte na cidade de Bonfinópolis. Ele já havia sido levado ao local na sexta-feira.
A polícia espera a localização dos membros da vítima para formalizar a identificação de Cara. Até agora, o reconhecimento do corpo foi feito apenas pela tatuagem que ela fez nas costas. Defesa
Os advogados de defesa do rapaz, Carlos Trajano de Souza e Odair Menezes, disseram que pretendem pedir exames toxicológicos e de sanidade mental. Segundo eles, o objetivo é mostrar que o cliente estava sob efeito de entorpecentes e não estaria consciente de seus atos no fim de semana do crime.
Na quinta-feira (31), o suspeito recebeu a visita do advogado Raimundo Lisboa, a pedido da mãe do rapaz, que mora na Inglaterra, para saber o estado de saúde do filho. Lisboa não representa Santos no inquérito policial. DNA
O Instituto de Criminalística (IC) de Goiânia encaminhou o perfil molecular da jovem inglesa para ser analisado no Distrito Federal. O material foi enviado pelo escritório da Interpol, em Londres, para a polícia brasileira, na sexta-feira.
As informações serão confrontadas com o material encontrado no apartamento do suspeito de ter esquartejado a jovem inglesa. Segundo Rejane da Silva, gerente do IC de Goiânia, os equipamentos em que são feitos os exames de DNA existem na capital de Goiás, mas ainda não foram montados. "Nossa equipe de peritos vai seguir com o material até lá e fará os relatórios finais."
A perita informou que o material genético encontrado no corpo será usado para determinar, formalmente, a identidade da jovem inglesa. "Confirmando isso, será comparado o material genético com o que foi possível coletar no apartamento do rapaz. Se forem compatíveis, é a prova cabal de que o apartamento é o local do crime". Entenda o caso
Os investigadores afirmam que Cara teria ameaçado contar à polícia e também à família de Santos que ele estaria envolvido com drogas. A polícia diz que ele confessou o crime. O rapaz teria dito, em depoimento preliminar, que matou a garota, foi a uma festa e, depois, esquartejou o corpo.
O tronco da jovem inglesa foi encontrado na segunda-feira (28), dentro de uma mala, perto da BR-153, às margens de um rio. A arma usada no crime, uma faca, e luvas cirúrgicas foram encontradas pela polícia em um bueiro na rua onde mora o suspeito. O material foi levado para perícia.
A polícia também investiga a possível participação de uma segunda pessoa no crime. Ela teria ajudado a esconder o corpo da estrangeira.
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