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O juiz de Campo Largo, Gaspar Luiz Mattos de Araújo Filho, afirmou nesta quarta-feira que uma falha na comunicação entre a Justiça e a 5.ª Vara Criminal de Curitiba - que emitiu o alvará -, resultou na soltura do policial civil Délcio Augusto Rasera. Ele também afirma que renovará o pedido de prisão. O policial estava preso desde o início de setembro e foi solto na última sexta-feira (22).

De acordo com Araújo Filho, a falha foi de uma funcionária do fórum de Campo Largo que errou ao não informar à 5ª Vara Criminal sobre o mandado de prisão de Rasera expedido por ele mesmo. O juiz informou que irá renovar o pedido de prisão e encaminhará à polícia.

Rasera é acusado de chefiar uma quadrilha especializada em escutas telefônicas clandestinas. Além deste crime, o policial responde por porte ilegal de arma.

Como responde por dois crimes, e teve dois mandados de prisão expedidos, Rasera deveria ter dois habeas-corpus para deixar a cadeia, mas somente o referente ao crime das armas foi concedido. Como não foi informada sobre o outro mandado de prisão (escutas telefônicas ilegais), a Vara concedeu o alvará de soltura.

No dia 20 último, o advogado do policial, Luiz Fernando Comegno, entreou com um pedido de habeas-corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), mas até esta quarta-feira (26) o pedido não havia sido julgado. A previsão é que seja julgado na primeira semana de 2007 pelo presidente do STJ, Barros de Monteiro.

O delegado Ronald de Jesus, da delegacia de Furtos e Roubos de Veículos - onde Rasera estava preso -, informou que o plantonista recebeu de um oficial de justiça o alvará de soltura e apenas cumpriu o que fora determinado.

O assistente de acusação, o jurista René Dotti, informou que vai pedir à Corregedoria da polícia uma investigação para apurar as falhas que levaram à soltura de Rasera. Veja em vídeo a entrevista com o jurista René Dotti.

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